Uma das impetrantes do mandado de segurança contra a manobra do presidente da Câmara federal, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que permitiu o financiamento privado de campanha, a deputada Alice Portugal (PCdoB-BA) diz que ”a condução do processo [de reforma política] é autoritária”. ”Falta de debates a gente não pode se queixar, porque está acontecendo diuturnamente. Lamentavelmente, a condução do processo é autoritária”, criticou a comunista que votou, acompanhando o partido, favorável ao ”distritão”, quando apenas os candidatos ao legislativo mais votados teriam cadeira reservada, proposta capitaneada por Cunha. ”A grande surpresa da sociedade é que ela não lembra na hora de votar é que essas pessoas que são eleitas vão votar lá por você. E aquela Câmara que deveria ser o espelho plano e refletir a imagem da população brasileira, ela reflete uma imagem invertida, que é distorcida pela força do dinheiro e do poder econômico”, afirmou Alice, durante a abertura do 5º Congresso Nacional do PT nesta quinta-feira (11/6). Segundo ela, a expectativa é que o mandado de segurança contra o financiamento privado de campanha em análise no Supremo Tribunal Federal (STF) seja concedido pela ministra Rosa Weber. ”Nós vamos derrubar e impedir o financiamento de empresa, porque empresa não vota. Precisamos equalizar essa participação nas eleições para que a gente tenha um congresso que de fato seja representativo dos interesses da nação”, disse.