Gol ”está pronta” para retomar voos regionais na Bahia, mas depende de readequação de aeroportos; entenda

A retomada das operações da Gol em destinos baianos depende apenas de um fator: uma readequação dos aeroportos. Após o fim da parceria com a Voepass no primeiro semestre deste ano, a Gol Linhas Aéreas encerrou voos para destinos como Barreiras,Teixeira de Freitas, Lençóis/Chapada Diamantina e Paulo Afonso sem previsão de volta até o momento. E, segundo o diretor de Planejamento da companhia, Rafael Moreira, apenas um entrave impede esse retorno: a necessidade de adaptação para receber o Boeing 737, que é uma aeronave de maior porte.

Em entrevista ao BN Hall, durante a Conferência Nacional de Slots – que busca realizar negociações pensando na definição da malha aérea desta segunda temporada de 2023 -, Rafael explicou o motivo que dificulta esse retorno.

”Encerramos uma parceria que tinhamos com uma empresa que operava um avião menor. Esses destinos continuam sendo servidos agora com outra empresa aérea. A Gol fez o compromisso, eu mesmo assinei os documentos então posso afirmar, com todos os administradores desses aeroportos. A partir do momento em que eles tivessem condições de receber o nosso tipo de aeronave, estaríamos prontos para retomar as operações lá. Estamos conversando bastante com esses administradores para conseguirmos expandir as operações, e à medida que forem liberadas vamos retomar a operação”, declarou o diretor.

A discussão sobre o desafio em relação a voos entre cidades baianas voltou à tona esta semana, após deputados estaduais sugerirem a revisão dos incentivos no ICMS do querosene de aviação, questionando os altos preços das passagens e a obrigação de fazer escalas em outros estados para chegar a destinos dentro da Bahia. O secretário de Turismo da Bahia, Maurício Bacelar, admitiu em entrevista ao BN Hall que há dificuldade de atrair empresas para gerir aeroportos baianos.

INVESTIMENTOS EM AEROPORTOS

Questionado sobre os investimentos para que os equipamentos do estado consigam receber aeronaves maiores, Maurício Bacelar defendeu que o governo estadual inaugurou e/ou reformou 19 equipamentos aéreos neste primeiro semestre. ”A Bahia tem dimensões muito grandes, que exigem investimentos nessa área de conectividade. E nossa política de conectividade tem dado tanto resultado que hoje nós somos, dentro do Brasil, o segundo estado em conectividade regional. Nós só perdemos para o Amazonas, que por conta dos rios e da condição geográfica tem uma conectividade baseada na movimentação fluvial e aérea”, completou.