A 11 dias das eleições 2022, a secretária de Saúde do Estado da Bahia retornou à Jaguaquara, na última quinta-feira (22) para tratar de um assunto que já domina as discussões políticas no município: a estadualização ou não do Hospital Municipal.
Promessa de campanha do governador Rui Costa (PT), durante ato político com o candidato a governador Jerônimo Rodrigues (PT), ainda no mês de Julho, a reestadualização da unidade hospitalar – que teria sido municipalizada em 2002 pelo então governador Paulo Souto (DEM) representa um anseio da comunidade.
O HMJ, apesar de não atender a casos de média e alta complexidade passou por uma ampla reforma na estrutura física através de convênio entre Estado e Município em 2020, mas a sua manutenção pela Prefeitura é uma lamentação da administração municipal, que alega enfrentar dificuldades financeiras para o funcionamento da unidade.
Entretanto, ainda não foi dessa vez que o HMJ foi transferido para o Estado. Recepcionada pela prefeita Edione Agostinone (PP) e integrantes do Conselho Municipal de Saúde, a secretária Adélia Pinheiro, que retornou depois de uma visita técnica realizada há um mês, disse estar cumprindo mais uma etapa do processo. ”Quero dizer pra vocês como é honroso está aqui, representando o governador e dando continuidade a um compromisso que ele assumiu publicamente nessa cidade. Um passo importante que o município dar e que beneficia a região, como parte de um processo de ampliar e qualificar a rede. O hospital, assim que vier para nós, ele realizará, além de leitos de retaguarda clínica do Prado Valadares, também, cirurgia de baixa e média complexidade”, disse a titular da SESAB ao discursar no prédio-sede do Sindicato dos Trabalhadores do Município.
Até esta publicação, pelo Blog do Marcos Frahm, não havia sido divulgada nenhuma nota técnica oficial de SESAB ou da Prefeitura detalhando o processo de transição do Hospital. Em sua página, no Instagram, a prefeita escreveu que estaria ”avançando”, como trecho de uma legenda de uma fotografia com Adélia
O curioso é que a unidade de Saúde pública, ainda sem ser transferida, já é usada como ”trampolim eleitoral” não apenas por um grupo político. Na cidade, correligionários de oposição ao governador, aliados do candidato ACM Neto (UB), torcem pela concretização dessa promessa, apostando na divisão de cargos, caso o ex-prefeito de Salvador seja eleito. Avanço ou atraso, só o tempo dirá!