Ao abordar os números relativos a investimentos em Segurança Pública na Bahia nos últimos anos, a oposição se esquece de que já foi governo e de que seu desempenho nesta área foi bem inferior, a começar pelas médias anuais em valores corrigidos pelo IPCA. No governo de Paulo Souto, aliado do ex-prefeito ACM Neto, a média anual de investimentos em segurança entre 2003 e 2006 foi de R$ 106,6 milhões, enquanto nas gestões de Jaques Wagner e Rui Costa, no período de 2007 a 2021, o investimento médio por ano foi 26% maior, ampliando-se para R$ 134,1 milhões. Em valores atualizados, os investimentos totais somaram R$ 426,6 milhões no governo Souto, ante R$ 2 bilhões no período de Wagner e Rui.
Parâmetro ainda mais expressivo quanto à evolução do volume de recursos para a Segurança nas gestões petistas são os gastos com custeio, que incluem, entre outros, itens não contabilizados como investimentos em função das regras de classificação orçamentária, mas que constituem recursos fundamentais para equipar a área de segurança pública, a exemplo de locação de veículos, reforma de unidades policiais, compra de munições e de equipamentos de proteção, como coletes à prova de balas. Sempre em valores atualizados, os governos de Jaques Wagner e Rui Costa gastaram em média, por ano, R$ 723,8 milhões, ampliando em 109% a média anual de R$ 345,5 milhões da gestão de Paulo Souto. Os valores atualizados de gastos com custeio são R$ 1,4 bilhão entre 2003 e 2006 e R$ 10,9 bilhões de 2007 a 2021.
Mudança profunda
Apenas o comparativo entre os valores investidos, portanto, não dá a dimensão da profunda mudança no tratamento da segurança pública a partir dos governos petistas. As últimas gestões reverteram a imagem de viaturas quebradas que não podiam circular, de falta de coletes à prova de balas e de outros equipamentos necessários para a atuação das polícias. A viabilização da plena operacionalidade das forças policiais traduziu-se em substancial aumento de recursos destinados à Segurança Pública.
Os gastos com custeio das atividades diretamente ligadas aos serviços de segurança pública cresceram continuamente, ainda, por conta da expressiva ampliação do quadro de policiais ocorrida nos últimos anos, exigindo aportes substantivos por parte do governo para equipar as polícias Militar, Civil e Técnica. Enquanto entre 2007 e 2014 ingressaram 11.968 novos policiais no Estado, este número se ampliou para 13.615 entre 2015 e 2022. No que diz respeito aos investimentos, só na gestão de Rui Costa a Bahia passou a contar com 4.461 novas viaturas para as polícias e foram construídas 65 delegacias, inaugurados 32 Distritos Integrados de Segurança e implantados 22 Centros Integrados de Comunicação.
Crises econômicas e pandemia
A melhoria contínua nas condições de trabalho para as polícias na Bahia foi alcançada a despeito de adversidades não vivenciadas pelas administrações anteriores, que não passaram pela sucessão de crises econômicas a partir da quebra global dos mercados em 2008, pelo quadro de recessão vivido pela economia brasileira nos últimos anos e pela pandemia do coronavírus.
Nos períodos mais críticos, enquanto muitos estados brasileiros atrasaram salários dos servidores públicos, incluindo os policiais, e deixaram também faltar recursos básicos como gasolina para as viaturas, a Bahia manteve suas contas em dia: a folha salarial seguiu sendo paga rigorosamente dentro do mês trabalhado, enquanto equipamentos e serviços de todas as áreas, em especial a Segurança Pública, tiveram assegurada a sua plena operacionalidade.