Economistas do mercado financeiro elevaram, pela 11ª semana consecutiva, a estimativa da inflação esperada para este ano, indicou o relatório do Boletim Focus divulgado pelo Banco Central (BC) nesta segunda-feira, 28.
Com o impacto da disparada de preços de commodities provocada pela guerra na Ucrânia, a projeção para o IPCA de 2022 avançou de 6,59% para 6,86%, ainda se distanciando do teto da meta da inflação pelo segundo ano consecutivo.
Para 2023, foco principal de política monetária, os avanços continuam, também se afastando do alvo central. A expectativa para o IPCA do ano que vem subiu de 3,75% para 3,80%, acima do centro da meta, de 3,25% – o intervalo de tolerância vai de 1,75% a 4,75% no próximo ano. A mediana era 3,51% há quatro semanas.
Na reunião deste mês, o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC atualizou suas projeções para a inflação, com estimativas de 7,1% em 2022 e 3,4% em 2023. Diante da volatilidade no mercado de petróleo causado pelo conflito no Leste Europeu, o colegiado ainda criou um cenário alternativo, com maior probabilidade, em que as previsões estariam em 6,3% e 3,1%, respectivamente. O colegiado elevou a Selic em 1,0 ponto porcentual, para 11,75% ao ano.
PIB
O Relatório Focus manteve a previsão mediana para a expansão do Produto Interno Bruto (PIB) de 2022, em de 0,50%. Há um mês, a estimativa era de 0,30%.
Para 2023, a mediana também continuou em 1,30%, de 1,50% há quatro semanas. Para 2024, a estimativa seguiu em 2%, mesma projeção de quatro semanas atrás. O Relatório Focus ainda trouxe a mediana para 2025, que também continuou em 2%. Há um mês, a estimativa de crescimento do PIB em 2025 já era de 2%.
*por Estadão Conteúdo