Às 8 horas e 20 minutos, sexta-feira (19), na Catedral de Santo Antônio, dom Paulo Romeu sentou-se na sua cátedra, dando início ao seu ministério episcopal na Diocese de Jequié. A cadeira estava vazia desde meados de 2019, após a transferência de dom José Ruy para a Diocese de Caruaru.
Coube ao arcebispo metropolitano de Vitória da Conquista, Dom Josafá Menezes, a missão de conduzir e entregar o báculo pastoral. Inicia-se, ali, mais um momento histórico, em especial para a Igreja Particular de Jequié, que empossava seu terceiro bispo diocesano em 42 anos de existência. A leitura da Bula Apostólica, contendo as Sagradas Letras da Nomeação de dom Paulo Romeu para Jequié, pelo papa Francisco, foi feita pelo Chanceler do Bispado, padre Ivonei Silva. As palavras de acolhimento foram proferidas pelo secretário-geral da CNBB/Regional Nordeste III, dom Vítor Menezes, atual bispo da Diocese de Propriá, Sergipe.
Logo após a Cerimônia de Posse Canônica, deu-se início a primeira Celebração Eucarística presidida pelo recém-empossado bispo. Por causa da pandemia, a programação foi voltada para o clero e alguns convidados. Entre os religiosos presentes estavam os bispos diocesanos Antônio Tourinho (Cruz das Almas), Edson Santana (Eunápolis), Dorival Barreto (Auxiliar da Arquidiocese de São Salvador), além Vítor Menezes (Propriá-SE). Uma comitiva de Alagoinhas, onde Dom Paulo Romeu atuou pelos últimos 19 anos, também participaram da celebração.
Durante a homília, o novo bispo de Jequié condenou a corrupção, ainda mais nesse momento em que a população sofre duramente os efeitos da pandemia do novo Coronavírus. Ele fez referência a constantes denúncias relacionadas a desvios de verbas públicas na área da saúde.
Disse que muitas pessoas morreram, a economia foi impactada, a vida familiar foi duramente afetada. Por que tamanho sofrimento? Por que tamanha dor? Quem são os responsáveis por essa pandemia? Como compreender tudo isso à luz do ensinamento do Evangelho? Em seguida o religioso afirmou que ”humanamente não encontramos as respostas a todos esses questionamentos”. Destacou que o vírus revelou a fragilidade do sistema de saúde do Brasil e de outros países e que também gerou corrupção de governos e governantes que, segundo afirmou, roubaram dinheiro publico da saúde do povo já tão sofredor, classificando os desonestos de políticos inescrupulosos. *por Souza Andrade