O diretor do Conjunto Penal de Jequié, o Major João Henrique, se manifestou, nesta quarta-feira (24), sobre um surto de coronavírus que afeta à unidade prisional, que suspendeu as visitas ao órgão, inclusive de companheiras dos internos.
Segundo o Major, todas as medidas necessárias foram adotadas pela direção do Presídio, desde o início da pandemia, com apenas 1 interno contaminado em 2020, mas o número de funcionários infectados chegou a 60, porém, 03 apresentam sintomas e os demais já estão recuperados.
Contudo, com a nova variante da Covid-19, em 2021, presos voltaram a ser submetidos a exames, neste mês de fevereiro, e 51 testaram positivo para o vírus, ficando isolados em ala separada, depois de passarem pela enfermaria. Entre os internos infectados, um idoso de 71, portador de comorbidades e que teve o seu quadro agravado, foi encaminhado na terça-feira (23) ao Hospital Geral Prado Valadares, onde permanece internado. ”Todos já estão sendo medicados. Nosso corpo de médicos e enfermeiros está trabalhando de domingo a domingo, em regime de plantão, para tratar esses internos que estão infectados. Todo o protocolo de tratamento vem sendo atendido e a Secretaria Penitenciária permite que a gente não sinta falta de material e medicamento”, esclareceu o Major, em áudio enviado ao Blog Marcos Frahm.
Ainda segundo o Major, o Conjunto Penal de Jequié conta com 08 pavilhões, e o foco do coronavírus se deu em apenas 01 módulo e ele acredita que ocorreu após o restabelecimento de visitas no mês de outubro do ano passado, depois de cerca de 09 meses sem visitação. ”A decisão de visita não passa apenas pela Secretaria e nós já estávamos preparados para isso. A visita foi permitida de forma rigorosa, as pessoas passaram por um critério de controle, co uso de máscara, álcool em gel, mas infelizmente nós detectamos que isso aconteceu por conta de uma visita, que contaminou um preso e gerou essa transmissão. A direção e os servidores estão trabalhando para debelar esse foco. Os familiares que se interessam em buscar informações sobre os presos terão que entrar em contato por telefone e nós estaremos aqui, para prestar qualquer informação”, disse o diretor, que revela preocupação com o número de infectados.