O governo federal estima que a população brasileira terá acesso a cerca de 258,4 milhões de doses de diversas vacinas contra a Covid-19 já nos próximos meses. A avaliação foi feita pelo secretário de Vigilância em Saúde, Arnaldo Medeiros, durante uma audiência pública na Comissão Externa da Câmara dos Deputados que acompanha as ações de enfrentamento à pandemia do coronavírus.
Medeiros disse que há a expectativa de entrega de 42 milhões de doses do consórcio Covax Facility; 100,4 milhões da vacina de Oxford; e 70 milhões da vacina da Pfizer. Já em relação à vacina da CoronaVac, produzida pelo Instituto Butantan em parceria com a farmacêutica chinesa SinoVac, estima-se a oferta de 46 milhões de doses – 9 milhões seriam entregues em janeiro, 15 milhões em fevereiro e 22 milhões em março do próximo ano.
Recentemente, o Ministério da Saúde publicou o Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra a Covid-19. De acordo com o documento, trabalhadores de saúde, idosos acima de 70 anos, pessoas com 60 anos ou mais que vivem em instituições de longa permanência, indígenas e comunidades tradicionais ribeirinhas serão os primeiros a serem imunizados. Durante a reunião, os parlamentares cobraram a entrada de pessoas com deficiência e obesos mórbidos.
Segundo Arnaldo Medeiros, a definição dos grupos prioritários foi feita com base na situação epidemiológica e nos índices de óbitos e agravamento da doença. ”Obviamente, a situação epidemiológica é um fator determinante quando a gente pensa nos grupos de maior risco de agravamento pelo coronavírus e de óbito, por conta da situação delicada na saúde dessas pessoas”, explica.