Em visita ao estado da Bahia nesta segunda-feira (12) para liberação do primeiro trecho duplicado da BR-116, o ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, voltou a criticar a situação da BR-324, outra estrada federal que corta o território baiano, e que é administrada pela concessionária Via Bahia.
O ministro, durante coletiva de imprensa, chegou a falar sobre rompimento do contrato de concessão com a empresa. “Pretendemos [cancelar o contrato com a Via Bahia]. A insatisfação não é só dos condutores. Isso nos sensibiliza muito. A insatisfação é nossa também”, declarou o integrante do Governo Bolsonaro.
”É inadmissível ter um contrato de concessão onde o usuário paga a tarifa e ter esse tipo de prestação de serviço. É uma coisa que ninguém suporta mais. Nós não suportamos mais. É um contrato que deixou de ser executado”.
”É um contrato que arrecadou 90% dos recursos previstos no plano de negócio, no entanto eles só executaram 30% das obras que ingressaram e não fizeram nenhuma duplicação condicionada, deixando de executar 441 quilômetros de duplicação e de realizar mais de R$ 750 milhões de reais de investimento. Essa situação hoje está no judiciário, está na arbitragem”, justificou.
”A gente está sendo bem sucedido nas primeiras ações. O ideal para eles era fazer a devolução da concessão. É um instituto previsto na legislação para que a gente pudesse licitar uma nova concessão, com uma concessionária que execute o contrato”, pontuou.
”Não acontecendo isso, nós teremos a extinção do contrato via capicidade. É um processo demorado, infelizmente. Nós temos que ter mais paciência. Tem várias etapas. Nós vamos usar toda força que nós temos para resgatar essa concessão para dar dignidade e dar um serviço decente para a Bahia. A gente também não tolera esse tipo de prestação de serviço”, concluiu.