O Ministério Público Federal na Bahia (MPF-BA) investigará a denúncia de fraude no concurso para servidores técnicos-administrativos da Universidade Federal da Bahia (Ufba), que deverá ocorrer no próximo domingo (29) com 72.066 candidatos. Na última semana, a Polícia Civil da Paraíba apontou que uma organização criminosa fraudou o concurso do Tribunal de Justiça de Pernambuco e divulgou que, durante as investigações, indícios indicaram que a fraude seria cometida na prova do concurso da Ufba. O MPF-BA recebeu uma representação nesta segunda-feira (23) e irá investigar a denúncia. A assessoria do órgão informou ao CORREIO que ainda não designou o procurador que irá ficar responsável por fazer as diligências para a investigação da denúncia, mas que isso deve ser feito em breve. O MPF-BA também explicou que, caso seja identificado que a fraude é da área criminal, e não cível, a investigação ficará a cargo da Polícia Federal. Segundo a assessoria do órgão, ”quando o procurador for escolhido, ele irá requisitar informações dos órgãos envolvidos, como da Ufba, da Polícia Civil da Paraíba, entre outras”. Com relação à probabilidade de suspensão ou cancelamento do certame, a assessoria disse que ainda não se sabe qual será a decisão tomada pelo procurador, e que isso deverá caber a ele. ”É possível que haja suspensão, adiamento, cancelamento, realização do concurso. Enfim, muitas possibilidades”, explicou a comunicação do MPF-BA. Segundo o delegado Lucas Sá, que está à frente das investigações da Operação Gabarito, na Paraíba, o instituto procurou a delegacia na manhã desta segunda informando que vai contribuir com o inquérito. Ainda de acordo com o delegado, como a investigação está acontecendo aqui na Bahia, a Polícia Federal no estado vai ser acionada para trabalhar em conjunto na investigação. ”Não teremos como ir para lá (Bahia), então vamos ter uma autuação conjunta da Polícia Civil, do instituto (AOCP) e entraremos em contato com a Polícia Federal da Bahia, para atuar”, completou Lucas Sá. A Ufba foi procurada novamente pela reportagem e afirmou não ter novidades quanto ao posicionamento divulgado nesta segunda (23). A universidade classificou as denúncias de fraudes como ”boatos” e afirmou estar ”convicta de que tais especulações são infundadas”. As informações são do Correio da Bahia