Após a retomada da travessia Salvador-Mar Grande nesta terça-feira (29), o Ministério Público solicitou à Justiça a suspensão do serviço temporariamente. O pedido foi feita em caráter de urgência e ajuizado na 8ª Vara da Fazenda Pública, em Salvador, na noite de terça. O pedido antecede a uma nova ação civil pública que vai ser ajuizada após a conclusão de inquérito instaurado pelo MP para apurar as circunstâncias do acidente com a embarcação Cavalo Marinho I, em Mar Grande, que matou 19 pessoas e deixou uma adolescente desaparecida na quinta-feira (24). Segundo o Ministério Público, o pedido foi solicitado até que as empresas CL Empreendimentos Ltda e Vera Cruz Ltda, além da Agerba (agência estadual que regula o serviço) ”garantam a segurança e eficiência do serviço, a partir da apresentação de uma série de laudos e documentos comprobatórios e da realização de perícias”. Procurada pelo CORREIO, a Agerba, informou através da assessoria de comunicação, que ”irá aguardar a decisão judicial sobre o pedido feito pelo MP”. Os documentos exigidos são: estudos técnicos sobre a segurança das embarcações, com a presença de todos equipamentos exigidos por lei; documentos da habilitação técnica e profissional de toda a tripulação (comandante e demais funcionários); e exame pericial em todas as embarcações das duas empresas, a ser realizado com urgência por profissional a ser indicado pela Justiça, como também perícia nos terminais náuticos de Salvador e Vera Cruz. Na ação também são citadas a Associação dos Transportadores Marítimos da Bahia (Astramab), Socicam Administração, Projetos e Representações, o Centro Náutico da Bahia e o governo da Bahia. O pedido foi ajuizado pela promotora Joseane Suzart, que já havia declarado a possibilidade de solicitar a suspensão do serviço.