Jaguaquara volta a ocupar o noticiário policial com a ocorrência de novos crimes, deixando sua população apreensiva e muito preocupada. A o esfaqueamento de um adolescente dentro de um colégio da rede estadual de ensino, na segunda-feira (21), o sequestro seguido de execução de três pessoas, entre elas dois jovens de 18 e 19 anos, na quinta-feira, dia 24, os assaltos, roubos, a proliferação da droga, gerando guerra ao tráfico, acendem o sinal de alerta, pois o município, ainda considerado pacato, observa essa, que é uma de suas principais características, se perder. Por outro lado, os habitantes, vítimas da inércia de suas representações políticas, que pouco ou nada fazem para melhorar a estrutura da segurança pública na cidade, também assistem a tudo de braços cruzados, enquanto deveriam estar cobrando providencias práticas para conter a escalada da violência a partir de novos e importantes investimentos. As precariedades podem ser vistas a olho nu. A situação estrutural da Delegacia de Polícia é um exemplo vivo da degradação do setor. Ao mesmo tempo, o efetivo da polícia militar é considerado reduzido para atender uma demanda cada vez crescente, sem citar que dispõe de somente duas viaturas para assistir a cidade e o distrito Stela Dubois (Entroncamento), além da zona rural, onde a violência também campeia, apesar de todo o esforço dos policiais. A opinião geral é que a representatividade política de Jaguaquara é fraca. As críticas têm como alvo o prefeito Giuliano Martinelli, que também é vice-presidente da União dos Municípios da Bahia, vereadores, deputado federal Cacá Leão, governador Rui Costa e o vice-governador João Leão, que estão no poder, que tem a cidade como um dos seus redutos eleitorais, mas que não demonstram força e vontade para melhorar e ampliar os serviços de segurança pública. Enquanto isso, em cidades de menor porte do mesmo Território de Identidade Vale do Jiquiriçá, como Amargosa e Maracás, já foram implantadas Companhias Independentes da PM, assim como Santa Inês e Laje já dispõem de suas sedes da Companhia Independente de Policiamento Especializado – CIPE Central. Até quando os benefícios para Jaguaquara vão ficar para depois?
*Por Marcos Frahm