Após pouco mais de 20 anos de serviços prestados à TV Cultura, a repórter Cláudia Tavares foi demitida na última quarta-feira (21/12), em pleno plantão de Natal, e dia em que a emissora promoveu uma festa de confraternização com todos os funcionários. A jornalista publicou um desabafo relatando como se deu a sua demissão, que ela classifica como ilegal. Ela era membro da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (Cipa) da empresa. O cargo prevê, segundo as leis trabalhistas, um ano de estabilidade, fator que não foi respeitado pela Cultura. ”A resposta protocolar é sempre uma só: ordens da direção. A nova gerente de RH, com a qual trabalhei na última Semana de Prevenção de Acidentes, recentemente, também não falou comigo. Se trata de uma demissão ilegal, uma vez que teria mais um ano de estabilidade por ter me dedicado à Comissão de Prevenção de Acidentes no último mandato, encerrado semana passada”, diz a jornalista em seu texto. O Sindicato dos Jornalistas de São Paulo publicou, no mesmo dia da demissão de Cláudia, uma nota de repúdio à ação da TV Cultura, e afirmou que entrará com uma ação judicial para que a profissional retorne ao trabalho. ”O Sindicato vai tomar todas as medidas cabíveis porque não se trata nem de reverter, mas de anular essa demissão por ser uma medida totalmente ilegal”, disse Paulo Zocchi, presidente do sindicato, em nota. A última reportagem produzida por Cláudia foi ao ar na terça (20), narrando o ataque terrorista ocorrido em Berlim no dia anterior. A redação do E+, serviço de notícias do Grupo Estado, tentou contato com a TV Cultura, mas ninguém foi encontrado para comentar o caso.