Uma das áreas mais afetadas pela pandemia de Covid-19, a educação sofreu perdas irrecuperáveis, de acordo com 43% dos brasileiros. Entre mulheres, o índice é de 47%. Entre pais e mães, 48%. Os dados são de pesquisa do Datafolha, encomendada pelo Instituto Unibanco, e divulgada pelo UOL com exclusividade.
”Não há por que, nem teoricamente, nem empiricamente, existir um certo fatalismo pedagógico. Há como enfrentar essa crise e, para isso, precisamos ter uma ideia de recomposição da aprendizagem”, explica superintendente do Instituto Unibanco, Ricardo Henriques.
No estudo, foram entrevistadas 2.070 pessoas em todo o Brasil, em 129 diferentes municípios. A pesquisa dividiu os brasileiros em cinco faixas etárias de 16 a 24 anos, 25 a 34 anos, 35 a 44 anos, 45 a 59 anos e mais de 60 anos.
A visão é mais positiva entre homens e pessoas mais jovens, de 16 a 24 anos: 61% e 71% acreditam que as perdas podem ser recuperadas.
”Precisamos de estratégias coordenadas, estruturadas e que façam sentido para cada realidade. Não é porque a aula voltou hoje, em 2022, que os efeitos da pandemia serão sentidos apenas agora, mas em 2023 e 2024 também”, analisa o superintendente do Instituto Unibanco.
Para 51% dos pais e mães de alunos com mais de 12 anos, a prevenção às drogas deve ser a questão mais importante a ser discutida no ensino médio. Em segundo lugar, no ranking geral, aparece educação sexual com 10% e desigualdades sociais e racismo com 9% cada.