Depois da bomba política lançada pelos depoimentos de delação premiada do senador Delcídio do Amaral, investigadores da Operação Lava Jato estudam abrir investigações contra a presidente Dilma Rousseff e seu antecessor e padrinho político, o ex-presidente Lula. Os dois foram citados pelo ex-líder do governo no Senado como responsáveis por atuar para alterar os rumos das investigações da Lava Jato. Segundo Delcídio, partiu de Lula a orientação para que ele oferecesse dinheiro à família do ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró em troca do silêncio do ex-dirigente e da tentativa de que o executivo não fechasse um acordo de delação premiada. As revelações de Delcídio sobre o petista reforçam, na avaliação do Ministério Público, que havia uma organização criminosa estruturada entre PT e PMDB. Em outra possível frente de investigação, o MP quer detalhes do operador do mensalão Marcos Valério Fernando de Souza, condenado a 37 anos de prisão no escândalo político de formação da base aliada do primeiro mandato de Lula. Ele deve ser ouvido pelos investigadores para confirmar ou não se partiu do petista a orientação para que fosse paga uma suposta dívida milionária exigida por Valério. Segundo Delcídio, o governo do ex-presidente Lula atuou para comprar o silêncio de Marcos Valério e o próprio petista e seu filho, Fabio Luis Lula da Silva, o Lulinha, teriam integrado um acordão para não figurarem no relatório final da CPI dos Correios, que investigou o esquema do mensalão. ”Delcídio tem conhecimento das tratativas ilícitas para a retirada do relatório, na madrugada de 05/04/2006, dos nomes do então presidente Lula e de seu filho Fábio Luís Lula da Silva em um ‘acordão’ com a oposição”, disse trecho da delação premiada. Informações da Veja