Carnaval 2016: Foliões denunciam monopólio de cervejaria na folia em Salvador

Prefeitura fechou com Nova Schin. Foto: Reprodução
Prefeitura fechou com a cerveja Nova Schin. Foto: Reprodução

Mal começou o Carnaval de Salvador 2016, considerado pelo prefeito ACM Neto como uma das festas mais democráticas da história da cidade, e a proibição da venda de cervejas de outras marcas que não seja a Schin, em supermercados localizados nos bairros, mesmo fora do circuitos oficiais da folia, promete ser a grande polêmica e revolta de soteropolitanos que desejam ter o poder de escolha para ”curtir a rua”. Um leitor enviou ao site bahia.ba vídeo gravado nesta sexta-feira (5) no supermercado Bompreço, localizado na Barra, mostrando que apenas a cerveja Schin está sendo comercializada no estabelecimento. Na última quinta-feira, um grupo de fiscais da Superintendência de Urbanismo (Sucom) esvaziou o estoque de cervejas da marca Skol do Hiperideal da Rua Marquês de Caravelas, na Barra. A razão para a limpa’, segundo o secretário da pasta, Silvio Pinheiro, foi que o estabelecimento está localizado em uma zona de restrição comercial, prevista pelo decreto de Carnaval decorrente do contrato de patrocínio da prefeitura com a Schincariol para a folia momesca. Parece que a zona de restrição se estende até o bairro de Itapuã – que fica mais de 20km dos circuitos oficiais. A jornalista Olenka Machado denunciou, no seu perfil no Facebook, que no Bompreço do bairro havia tapumes bloqueando a galeria de bebidas em garrafa que não fossem da marca laranja. Ela classificou a situação como ”um absurdo”, embora reconheça que a Bahia tenha precedentes. ”É isso. No carnaval baiano tem que tomar cerveja em lata durante uma semana. E ‘daquela’ marca… Mas em compensação pode tomar muito, já que este ano a Lei Seca tá liberada pela prefeitura (mas beba com moderação, viu?)”, disse.