Santa Inês: Prefeito reduz dias da Festa da Padroeira, por conta da ”crise econômica”

Se à crise financeira é apontada como principal pivô de dificuldades nas prefeituras, em Santa Inês, no Vale do Jiquiriçá, não é diferente. Há três dias do início da maior festa popular do município, a tradicional Festa da Padroeira, com data de início marcada para o próximo sábado (16/1), o prefeito Zé Afrânio (PCdoB) comentou os preparativos para o evento público, que pelo segundo ano consecutivo ocorrerá com diminuição dos dias em que será realizado. ”Mais uma vez, nós iremos manter a tradição dessa festa, que é do povo de Santa Inês e de todo o Vale do Jiquiriçá. Durante os três anos do meu mandato, essa festa foi sucesso e, seria realizada como sempre, com duração de dez dias, mas diante do cenário de crise que todos estão vendo aí, na imprensa, que afeta não só o nosso município, mas todas as cidades, a festa esse ano terá a abertura no dia 16 e encerraremos no dia 21 e esperamos que haja compreensão por parte da população, pois tomamos a decisão de reduzir os dias, para mantermos a tradição”. De acordo com o gestor, durante entrevista nesta quarta-feira (13) aos repórteres Weder Mello (Itiruçu FM) e Marcos Frahm (93 FM Jequié), a diminuição dos recursos públicos, a exemplo do Fundo de Participação dos Municípios (FPM), que é um repasse que o Governo Federal faz para as administrações municipais, referente à sua arrecadação em impostos, foi o que levou a Prefeitura de Santa Inês a decidir pela realização da festa com 6 dias de duração. ”A perda da receita afeta todas as prefeituras, e aqui em Santa Inês não é diferente. Os colegas prefeitos se reuniram hoje, em Salvador, e todos estão lamentando a crise. A queda no repasse do FPM deste mês chega a 13%, e dessa forma não há gestor que consiga administrar como antes, quando tudo era mais fácil”, lamentou o chefe do Executivo.

Afrânio destacou que o evento movimenta intensamente a cidade e que impulsiona a economia local, justificativa maior do prefeito ao promover a festa. ”Muitas prefeituras têm cancelado eventos, justamente por conta das dificuldades, e o que nos encoraja a manter a festa de Santa Inês é o fato de ser uma festa popular, que não é nossa é do povo, e que a gente sabe que com ela todos ganham, do pequeno ao grande comerciante. E é por isso que nós temos que manter, mas devo esclarecer que tem opositores que estavam torcendo para nós não fizéssemos, para depois eles mesmos nos crucificar. Quero dizer que nós vamos fazer a festa sim, e que o nosso Deus é forte e está no controle de tudo”, alfinetou. Indagado sobre as atrações de destaque no cenário atual musical, a exemplos de A Vingadora, promessa de revelação no Carnaval 2016, o cantor Tierry, além de Psirico, que fará sua segunda apresentação na festa, o mandatário disse que, a ”prefeitura tem crédito para a contração dos artistas”. ”Nós não estamos extrapolando gastos, pois levamos ao conhecimento da produção dessas bandas, a real situação da prefeitura e firmamos parceria para os shows serem realizados na quarta e quinta-feira, quando irão tocar A Vingadora, Tierry e Psirico na quinta. Vale lembrar também, que nós estamos realizando o evento sem apoio do governo, sem verba da BahiaTursa e apenas com o apoio da iniciativa privada, através da Nova Schin. Estamos dando a oportunidade aos artistas da terra, enfim, a festa vai acontecer, e nós ainda estamos contabilizando os gastos, para não ultrapassarmos os limites e mantermos a nossa gestão sem manchas, pois foi com essa responsabilidade que tivemos as contas aprovadas e queremos permanecer assim, com equilíbrio”, justifica o mandatário. A Festa da Padroeira terá início no próximo sábado e segue até o dia (21). Dentre as atraçõe, além das A Vingadora, Tierry, Psirico, Canidé, Kiribamba, estão: Portal da Bahia, Rancho de Palha, Os Malaz, Magia Tropical, Laço de Ouro, Deco e Banda Natural Man, Esquema Music, Quebradeira de Luxo e Arrocha + Eu. No domingo (17), acontece a tradicional Lavagem das Escadarias.