Sem citar deputado bolsonarista como autor, Tarcísio repudia ataque a Vera Magalhães

Ex-ministro Tarcísio Freitas é candidato em SP. Foto: Reprodução

Candidato ao governo de São Paulo com o apoio do presidente Jair Bolsonaro (PL), o ex-ministro Tarcísio Freitas (Republicanos) rechaçou o ataque sofrido pela jornalista Vera Magalhães na noite desta terça-feira (13), durante debate eleitoral.

”Lamento profundamente e repudio veementemente a agressão sofrida pela jornalista Vera Magalhães enquanto exercia sua função de jornalista durante o debate de hoje”, declarou Tarcísio, por meio das redes sociais, sem mencionar que o autor das ofensas foi o deputado bolsonarista Douglas Garcia (Republicanos), que integrava sua própria comitiva. ”Essa é uma atitude incompatível com a democracia e não condiz com o que defendemos em relação ao trabalho da imprensa”, concluiu o candidato.

Depois das agressões, Garcia teve o celular retirado das mãos pelo apresentador Leão Serva. Em seguida, ele começou a gritar ”jonazistas”, enquanto era retirado pelos seguranças e expulso do local.

Após se pronunciar nas redes contrário à atitude do parlamentar bolsonarista, Tarcísio foi contestado e recebeu cobranças por um posicionamento mais contundente. ”Quanta leviandade, candidato! A atitude do deputado Douglas Garcia condiz exatamente com o que você, o presidente e seus apoiadores defendem em relação ao trabalho da imprensa: mentir, difamar, atacar e lacrar em cima de jornalistas, sobretudo mulheres, para intimidar a imprensa livre”, escreveu o cientista político Guilherme Casarões.

”Nenhuma palavra sobre o seu aliado, o agressor Douglas Garcia? Se não tomar providências contra ele, você apoia a agressão”, cobrou o sociólogo e colunista de política da Folha de S. Paulo, Celso Rocha de Barros. “Tarcísio, seu coordenador de campanha foi o racista e machista que me agrediu na Alesp. Seu convidado, Douglas, é machista e fascista declarado e já foi violento outras vezes. Ele anunciou em rede que ia constranger a Vera e te marcou. Você está cercado deles. Não cola!”, afirmou a deputada estadual Monica Seixas (Psol-SP).