A Câmara Municipal de Jaguaquara deverá ter mais uma sessão ordinária de ”alta temperatura política”, quando o ex-prefeito do município, Ademir Moreira (PMDB), subirá a tribuna da Casa, pela qual atuou como representante, exercendo por quatro vezes consecutivas o cargo de vereador, pra rebater as acusações sofridas na sessão de sexta-feira (2/10). Ademir, que deixou o cargo de gestor público municipal em dezembro de 2012, quando foi sucedido pelo aliado político e atual prefeito Giuliano Martinelli (PP), que assumiu a Prefeitura de Jaguaquara em janeiro de 2013, foi classificado de ”ladrão” pelo vereador Edenilso Luiz Brustoli, o popular Caneço, do PSL, durante discurso do edil na tribuna quando afirmou que ”Ademir é um dos maiores ladrões da história desse município”. A declaração do parlamentar gerou repercussão na imprensa após Caneço ter dito que iria se retratar e que não teve a intenção de denegrir a imagem de Ademir. Os comentários dos meios políticos sinalizam que, a declaração do vereador, que integra a base do atual prefeito na Câmara, azeda ainda mais a relação de Giuliano com Ademir, que não mais demonstrou ter apreço pelo prefeito, tendo se afastado de Martinelli depois ter suas contas reprovadas por vereadores aliados do alcaide, inclusive o próprio Caneço, um dos parlamentares que votaram pela reprovação e deixaram Ademir Moreira sujeito a inegibilidade. Por telefone, direto de Salvador, Moreira falou ao Blog Marcos Frahm que vai pedir direito de resposta e usará a tribuna da Câmara para rebater Edenilso Luiz Brustoli. ”Eu estarei aí, para dizer ao vereador quem sou eu, porque as pessoas de Jaguaquara me conhecem. Eu recebi uma ligação do vereador, se desculpando, mais eu terei que explicar a ele, da mesma forma, na tribuna, quem é Ademir político. O Ademir pessoa, pode perdoar, mas o político não pode deixar uma acusação dessa ficar no ar sem resposta”. A próxima sessão, marcada para sexta-feira (9/10), será solene, de reinauguração da estrutura física da Casa Legislativa e a presidência deverá decidir pela data em que o ex-chefe do Executivo se pronunciará, quando receber de Ademir a solicitação para usar o espaço. ”Se não for nessa sexta, será na próxima sexta-feira, mas eu vou estar aí, e vou solicitar da mesa o espaço para rebater isso aí, uma acusação leviana”.

O vereador Adailson Souza o Mancha, do PT, de Jaguaquara, fez desabado no plenário da Câmara Municipal sobre a ação criminosa da qual ele disse ter sido vítima na madrugada do último dia (27/9) na Rodovia BA-250, no perímetro de Itiruçu, quando foi rendido por bandidos que lhe roubaram um veículo Ford Focus de sua propriedade. O parlamentar relatou ter sido interceptado na ocasião, quando reduziu a velocidade na estrada para passar por um redutor no trecho de Itiruçu, sendo surpreendido por dois elementos a bordo de uma motocicleta, que anunciaram assalto, renderam-lhe e obrigaram-lhe a conduzir o carro para estrada uma vicinal, onde teriam lhe deixado e levaram o automóvel Focus de placa NTF-6899, que dois dias após o roubo foi encontrado completamente incendiado numa estrada de chão de acesso ao município de Itaquara, na mesma região do Vale do Jiquiriçá. Durante sessão da Câmara, de sexta-feira (2/10), o vereador contou, detalhadamente como aconteceu à ação da qual foi vítima e disse de maneira enfática que, o que mais lhe indignou foi ter ouvido comentários maldosos de algumas pessoas, classificadas pelo edil de mau caráter, que chegaram a duvidar do seu depoimento levantando hipótese de que ele, [Adailson], poderia ter dado o ”golpe do seguro”. ”Um camarada como eu, que sempre viveu trabalhando, que perdeu o pai quando tinha 15 anos e foi trabalhar para sustentar uma família, como iria se aproveitar do seguro? Meus colegas vereadores, eu fiquei muito triste, quando vi moradores do bairro onde moro, Malvina, se manifestando, me dando apoio, pessoas me ligando e depois ouvir comentários de um bando de mau caráter, com maldade, dizendo que eu queria enganar o seguro, que é golpe do seguro. Eu não desejo para ninguém o mau que eu vivi. Eu fiquei sem poder reagir, na mira de revolver, e hoje eu agradeço a Deus, por estar com vida, por estar ao lado da minha família e fica um bando de mau caráter querendo sujar a imagem de um trabalhador. Eu agradeço também a Polícia Militar de Itiruçu, que me trouxe para casa, naquela noite que eu jamais vou esquecer”, bradou o edil, que além de exercer o cargo de vereador trabalha em Jaguaquara há anos como marceneiro. Procurado na manhã desta quarta-feira (7) pelo Blog Marcos Frahm, e indagado sobre o caso, Adailson disse que segue sem novidades. O caso foi registrado na Delegacia Territorial de Itiruçu e a vítima afirmou não ter recebido ainda da unidade prisional informações sobre o andamento do processo de investigação. ”Eu já fui na delegacia, eu já disse lá como tudo aconteceu, mas infelizmente, até hoje, não se tem notícia do roubo e eu vou voltar lá, quem quer que a polícia investigue sou eu”.

Os bancários entram em greve nesta terça-feira (6/10) em todos os estados do país, após quase dois meses de negociações fracassadas entre as representações de trabalhadores e a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), braço sindical da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban). Na Bahia, a paralisação foi aprovada na última quinta-feira, durante assembleia, em Salvador. Na segunda (5), uma reunião esvaziada – com cerca de 60 trabalhadores – organizou a atuação de sindicalistas no fechamento de agências nos municípios baianos e outras ações de greve.

Em Jaguaquara, nesta terça-feira, os bancários aderiram à greve da classe e as unidades do Bradesco, Banco do Brasil, Banco do Nordeste e Caixa Econômica Federal não funcionarão nesta quarta-feira. Os clientes poderão fazer saques, transferências e as outras operações por canais alternativos de atendimento como: caixas eletrônicos, casas lotéricas, agências dos Correios, redes de supermercados, aplicativos de celular, internet banking, entre outros. O diretor do Sindicato dos Bancários de Jequié e Região, Celso Argolo, esteve em Jaguaquara cobrando adesão dos bancários à greve. Segundo Argolo, os trabalhadores decidiram entrar em greve por tempo indeterminado. ”Hoje teve início a nossa greve depois de várias tentativas de negociações. Os banqueiros ofereceram apenas 5.5% de aumento salarial, enquanto nós reivindicamos o reajuste de 16%. Eles oferecem apenas 5.5% e, em contrapartida, o Bradesco, por exemplo, oferece 81% de reajuste salarial para a diretoria do banco e isso é um absurdo. Eles estão tentando subestimar a capacidade dos bancários e nós estamos exigindo mais respeito a esses profissionais, que são eles que contribuíram para a lucratividade dos bancos nos últimos meses. Eles, os banqueiros, tem possibilidade de atender as reivindicações dos bancários. A greve começou e não tem data para acabar, enquanto eles não negociarem, não demonstrarem interesse de reajustar os salários dos bancários e aqui na região a greve já começa forte”, disse.

Em Jaguaquara, apenas o Banco Sicoob não aderiu ao movimento grevista. A proposta apresentada pela Febraban, rejeitada em assembleias, oferece reajuste salarial de 5,5%, com piso entre R$ 1.321,26 e R$ 2.560,23. A Federação propôs ainda PLR pela regra de 90% do salário mais R$ 1.939,08, limitado a R$ 10.402,22 e parcela adicional (2,2% do lucro líquido dividido linearmente para todos, limitado a R$ 3.878,16).

Faleceu em Feira de Santana, no Hospital São Matheus, na tarde desta terça-feira (6/10), após ser submetido a um procedimento cirúrgico, o comerciante Mozaniel Britto, membro da Família Britto, residente no distrito Stela Dubois – Entroncamento de Jaguaquara e que detém a Casa Britto, empreendimento do ramo de material de construção atuando há anos na região. Mozanil teria sido levado para Feira de Santana depois de irritação no abdômen, sendo submetido à intervenção cirúrgica na noite de segunda-feira (5), mas não resistiu e foi a óbito nesta terça. Filho da empresária Nieves Britto, irmão dos empresários Moacir Fontes de Britto e Marivan Britto, Mazaniel, aos seus 39 anos, deixa a esposa Marinalva, e a filha Beatriz, de 15 anos. Figura bastante conhecida na região do Vale do Jiquiriçá, se destacava pelo bom relacionamento que mantinha com amigos e familiares. Segundo informações da família, o corpo será velado na Igreja Batista Nova Jerusalém, no distrito Stela Dubois, cujo sepultamento será realizado nesta quarta-feira (7), _às 10h, num cemitério público da localidade.