Tesouro: Governo Temer confia na necessidade de aprovar reforma da Previdência

Um dia depois de o presidente Michel Temer sinalizar com a possibilidade de a reforma da Previdência ser derrotada no Congresso Nacional, a secretária do Tesouro Nacional, Ana Paula Vescovi, disse que a equipe econômica continua confiante na necessidade de aprovar a proposta. “Estamos vendo o Congresso trabalhando junto pela priorização dessa reforma”, afirmou, minimizando indicações de lideranças políticas de que o clima não é o melhor para a votação da PEC, que requer apoio de 308 deputados. Temer fez a indicação de que a reforma da Previdência pode não vingar durante reunião na segunda-feira, 6, com lideranças no Palácio do Planalto. Segundo ele, uma “derrota eventual” não inviabiliza o governo. “Nós continuamos confiantes na necessidade dessa agenda. Óbvio que o Congresso tem experiência na condução de seus temas. Acreditamos que a reforma é um fator que nos levará à sustentação desse ciclo positivo. Se não for feita agora, o que pode acontecer é termos que enfrentar uma reforma mais profunda (no futuro)”, explicou Ana Paula, após dar uma palestra a estudantes de Economia na Universidade de Brasília (UnB). A secretária disse que o governo tem buscado demonstrar os efeitos positivos que a reforma vai trazer para as próximas gerações, principalmente em termos de garantia de pagamento de benefícios. Ela ressaltou ainda que a proposta é “fundamental” para a regra do teto de gastos, uma vez que a Previdência é responsável pela maior parte das despesas obrigatórias, que o governo não pode cortar de forma autônoma. Segundo Ana Paula, a restrição do teto de gastos em 2018 ainda não é muito forte, mas a partir de 2019 o limite começa a ficar mais apertado. É quando os gastos obrigatórios passarão a ocupar uma fatia ainda maior dentro do teto, comprimindo as despesas discricionárias como os investimentos e o custeio da máquina pública.

O povo não perdoa

Político é capaz de consertar relógio de pulso usando luvas de boxe. A metáfora explica bem a capacidade impressionante que a classe política brasileira tem de se manter aderente ao poder, sobrevivendo como protozoários oportunistas em ambientes que lhe é favorável. Isso explica, por exemplo, a adesão das amebas golpistas do PMDB à provável candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Por isso considero precipitado e inoportuno o sinal emitido pelo ex-presidente, de perdoar aqueles que avalizaram o golpe e mergulharam o Brasil na mais grave crise econômica, política e social dos últimos 60 anos. Quem tem o patrimônio eleitoral na casa dos 35% de intenções de voto, pode e deve dar as cartas desse jogo. Quem precisa de votos são os deputados, senadores e governadores do PMDB que sustentam Michel Temer no governo, e que dificilmente voltarão aos seus postos em 2019. São eles que devem pedir perdão à sociedade brasileira.

Na minha coluna anterior, citei a grande vantagem competitiva de Lula sobre os demais candidatos, por ser o único que sabe levar uma mensagem de esperança para o povo. Esperança é uma pedra preciosa frágil, capaz de ser estilhaçada por uma simples frase mal colocada. Lula não tem de perdoar ninguém para ser presidente novamente. Por qual motivo então se disporia a ser tábua de salvação para essa gente? Se o pensamento é a governabilidade, então que o faça com os sobreviventes desse maremoto político que afogará mais de 70% da atual representação do parlamento brasileiro.

Os pecadores, esses sim, é que devem humildemente pedir perdão ao Lula. No entanto, nenhum deles sinalizou arrependimento pelos crimes que cometeram. Blindaram Michel Temer por duas vezes para evitar um processo de investigação pelo Supremo. Destruíram o principal legado getulista de proteção ao trabalhador, com uma reforma que suprime direitos e reduz salários a níveis de escravidão. Estão prontos para votar a reforma da Previdência na forma do “morra antes de receber qualquer benefício”. Entregaram o patrimônio do país a troco de banana para grupos internacionais. Essa turma merece perdão?

A força de Lula vem da esperança. Ao sinalizar a possibilidade de trazer para essa raia aqueles que não possuem esse patrimônio, renuncia seu maior trunfo e cai na vala comum. Não tenho a menor dúvida de que será eleito presidente do Brasil em 2018. Mas agora, meu caro, cada um que responda ao seu eleitor pelos atos que praticou.

Políticas de aliança são recursos históricos no processo eleitoral brasileiro. Mas é preciso compreender que esse paradigma mudou. Em 2018, a renovação e a clareza de posições serão  marcas determinantes para motivar o eleitor a confiar o voto em alguém. Que Renan Calheiros, Eunício Oliveira, Romero Jucá e tantos outros parasitas políticos se entendam com seu eleitorado. Tudo o que eles estão fazendo de pernicioso contra a nação brasileira é dividendo a favor da volta de Lula à presidência. A hora, portanto, é de renovação política e consolidação de alianças com novas lideranças políticas nos estados e municípios. De nada vai valer o perdão de Lula aos golpistas, se o povo já os condenou.

POR CELSO READER

Rodovias federas e baianas tiveram 76 acidentes com seis mortes durante feriadão de finados

Batida deixou motociclista morto em Itatim. Foto: CriativaOnline

As rodovias estaduais e federais que cortam a Bahia tiveram 76 acidentes, com seis mortes, durante o ”feriadão de finados” deste ano. O balanço foi divulgado nesta segunda-feira (6) pelas polícias rodoviárias federal e estadual. A PRF montou operação especial de quinta-feira (2) a domingo (5), enquanto a PRE iniciou o esquema na quarta (1º). Foram contabilizadas 61 pessoas feridas pelos dois órgãos. Nas estradas estaduais, a PRE contabilizou 15 acidentes de trânsito, que deixaram 11 vítimas com ferimentos leves, três com ferimentos graves e nenhuma morte. Nas rodovias federais, a PRF registrou 61 acidentes no feriadão, com base no balanço da operação de finados, que começou na quarta-feira (1º) e encerrou às 23h59 de domingo (5). Seis pessoas morreram e 47 pessoas ficaram feridas. Nos cinco dias da operação, a PRF fiscalizou 4.895 veículos e 4.677 pessoas. Dessas abordagens, 19 pessoas foram presas, entre elas, dois homens com mandado de prisão aberto. Outras seis pessoas foram presas por embriaguez e 2.872 testes de alcoolemia foram feitos. O restante foi detido por outros crimes, como porte ilegal de arma, uso de documento falso e receptação. A PRF registrou ainda 4.489 autuações, sendo 3.320 por excesso de velocidade, 945 por ultrapassagens indevidas e 108 pelo não uso do cinto de segurança. Entre as ocorrências estão também 48 motociclistas autuados pelo não uso capacete, 46 pessoas pela ingestão de bebidas alcoólicas e 19 adultos foram notificados por transportar crianças sem cadeirinha.

Jovem com diabetes é impedida de fazer Enem usando bomba eletrônica de insulina na Bahia

Garota usa bomba eletrônica de insulina. Foto: Arquivo Pessoal

Uma candidata do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 15 anos, que prefere não se identificar, diz ter sido impedida de fazer a prova no domingo (5), na Bahia, porque precisava fazer uso de uma bomba eletrônica de insulina para tratamento de diabetes. O caso ocorreu no Colégio Perfil, no bairro de Vilas do Atlântico, em Lauro de Freitas, região metropolitana de Salvador. Em nota, a assessoria de comunicação da escola afirmou que lamenta o ocorrido com a jovem, mas sustenta que apenas cede o espaço para o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) realizar as provas do Enem. ”Todos os funcionários e colaboradores presentes, assim como a aplicação das provas e regras estabelecidas, são de responsabilidade do Inep”, diz a nota do colégio. Segundo o G1, o Inep informou que o uso da bomba de insulina deveria ter sido comunicado no ato da inscrição, para ter direito ao chamado ”atendimento específico”, o que não foi feito pela candidata. A medida é tomada por razões de segurança na aplicação do exame. Ainda segundo comunicado do Inep, a coordenadora do local de prova informou à candidata que ela não estava autorizada a fazer a prova com o equipamento e, diante disso, a garota decidiu não fazer a prova. No entanto, a adolescente disse que não considerava o uso de bombinha eletrônica uma deficiência e não encontrou no momento da inscrição um campo para declarar a necessidade de usar o equipamento.

Educação: Candidatos surdos vão poder avaliar recurso de acessibilidade no Enem

Os candidatos surdos ou deficientes auditivos que fizeram o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) com a videoprova traduzida em Língua Brasileira de Sinais (Libras) vão poder fazer uma avaliação do recurso, que foi oferecido pela primeira. Um questionário de avaliação, no mesmo formato, com perguntas e respostas apresentadas em Libras, está disponível na Página do Participante do Enem. A partir da avaliação dos participantes, o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) fará ajustes no recurso. A expectativa é que mais surdos e deficientes auditivos optem pela videoprova nos próximos anos. O Enem 2017 teve 1.925 solicitações de atendimento especializado para surdez e 4.390 para deficiência auditiva. Além da videoprova era possível optar pelo Tradutor-Intérprete de Libras. O recurso é importante porque muitos surdos e deficientes auditivos têm a Libras como primeira língua e o português como segunda língua, o que dificulta o entendimento da prova no formato tradicional. Nesse ano, além da videoprova em Libras, o tema da redação do Enem foi Desafios para Formação Educacional de Surdos no Brasil. Na videoprova traduzida em Libras as questões e as opções de respostas são apresentadas em Libras por meio de um vídeo. A videoprova tem o mesmo número, ordem e valor de questões da prova regular. Cada participante recebe um notebook para fazer as provas. As orientações, os enunciados das questões e as alternativas de respostas são apresentadas em Libras por meio de vídeos gravados em DVDs. O participante pode escolher qual área do conhecimento fazer primeiro e poderá assistir aos vídeos na ordem que preferir. A redação também deve ser escrita em português. O novo recurso de acessibilidade do Enem foi desenvolvido pelo Inep e sua Comissão de Assessoramento em Libras, composta por professores, pesquisadores e especialistas da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Instituto Nacional de Educação de Surdos (Ines), entre outros.

Enem 2017: Primeiro dia do exame terminou com baixo índice de candidatos eliminados

Ministro da Educação, Mendonça Filho. Foto: Divulgação/MEC

As primeiras provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2017 terminaram neste domingo (5), com 273 participantes eliminados. Em 2016, ao final do primeiro dia, o exame já registrava 3.942 eliminações, e outras 4.780 no segundo dia. A aplicação, tranquila e sem ocorrências graves, justifica a ampliação e a diversificação da estratégia de segurança adotada a partir desde ano. O Enem 2017 estreou a prova personalizada e o uso de detectores de ponto eletrônico e teve a maior cobertura de detectores de metal desde que o recurso começou a ser usado: 100 participantes por detector. Do total de eliminados, 264 o foram por descumprimento de regras gerais do edital e nove por porte de objetos proibidos identificados pelo sistema de detecção de metal. Para o ministro da Educação, Mendonça Filho, o modelo do Enem aplicado em dois domingos está se mostrando bem interessante, com grande aceitação dos participantes e aprovação geral positiva. ”Temos uma clara percepção de satisfação, por parte dos candidatos, sobre a divisão da aplicação do Enem em dois domingos”, afirmou. ”Nós continuamos acompanhando e assegurando que a segunda etapa, no próximo domingo, dia 12, vai ocorrer dentro da mesma normalidade e tranquilidade para os estudantes de todo o país.” Mendonça Filho reforçou que o dia de provas transcorreu de forma calma e tranquila em todo o país. ”Foram poucos casos e situações que exigem uma atenção operacional a mais por parte dos consórcios e de todo o Ministério da Educação, que está mobilizado, via Inep [Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira, autarquia vinculada ao MEC], para a aplicação do Enem 2017. Isso se traduz em mais tranquilidade para os estudantes que estão se submetendo ao exame.”

Abstenções – Do total de 6.731.344 inscritos confirmados no dia da prova, 69,8% compareceram. Desse montante, 15% não chegaram a acessar o cartão de confirmação de inscrição para saber o local de prova. A abstenção de 30,2% no primeiro dia reforça a importância das novas regras de isenção e justificativas de ausência lançadas este ano. O participante isento do pagamento da taxa de inscrição do Enem 2017 que não compareceu às provas e não justificar essa ausência do sistema de inscrição do Enem 2018, por meio de documento legal, perderá o direito a nova isenção. Não estão incluídos nessa regra os concluintes do ensino médio  na rede pública, que são automaticamente isentos, conforme Portaria Ministerial nº 468, de 3 de abril de 2017; e Edital nº 13, de 7 de abril de 2017. No ano passado, o prejuízo aos cofres públicos com a ausência de participantes foi superior a R$ 226 milhões. Uma média de 50% dos participantes que solicitaram a isenção em 2016 não compareceu.

Redação – Além da redação, que teve como tema ”Desafios para a formação educacional de surdos no Brasil”, os participantes fizeram provas de Linguagens, códigos e suas tecnologias e Ciências humanas e suas tecnologias. A presidente do Inep, Maria Inês Fini, comemorou o tema da redação, que permitiu aos candidatos refletirem sobre a inclusão e a educação, e destacou o retorno que de alguns estudantes: ”Muito me conforta, como educadora, receber de milhares de jovens tantos parabéns pelo tema da redação. Fiquei, particularmente, muito feliz com os candidatos que saíram da prova e se manifestaram de forma positiva sobre o tema.” Mendonça Filho avaliou o tema da redação como positivo, inclusivo e importante por levantar uma questão que envolve cerca de 10 milhões de brasileiros com surdez ou deficiência auditiva. Destacou que esse tema coloca um debate interessante junto à própria sociedade: ”Nós temos uma segunda língua no Brasil, além do português, que é a língua brasileira de sinais (libras) e é importante que todos possam ter acesso à educação. Eu acho que de forma propositiva e muito afirmativa, o MEC coloca esse tema em debate junto à juventude do nosso país”. Mendonça Filho lembrou que o Plano Nacional de Educação (PNE) prevê a educação especial e leva em consideração a questão das pessoas surdas ou com alguma deficiência auditiva: ”Temos políticas públicas históricas nessa direção. Na programação da definição da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), queremos incluir um reforço na questão da linguagem de sinais, algo muito positivo na missão de inclusão de brasileiros que hoje são surdos ou tem alguma deficiência auditiva”. O tema da redação consolida uma série de ações que o MEC, por meio do Inep, estreou nesta edição. A política de acessibilidade do Enem foi reforçada com a oferta de um novo recurso: a videoprova traduzida em língua brasileira de sinais (libras), escolhida por 1.635 participantes. O Enem 2017 teve 4.390 solicitações de atendimento especializado para surdez e 4.390 para deficiência auditiva.

 

 

Michel Temer destaca urgência da reforma da Previdência e diz que se mantém empenhado

 

Temer insiste com a reforma da Previdência. Foto: Marcos Corrêa

O presidente Michel Temer afirmou hoje (6) que continuará empenhado e trabalhando pela reforma da Previdência, mesmo que a sociedade, a mídia e o Congresso Nacional não demonstrem interesse em mudar as regras para  aposentadoria do país. Na abertura de reunião de líderes da base aliada da Câmara dos Deputados, Temer ressaltou a urgência e a relevância da reforma da Previdência e também agradeceu o apoio da base a seu governo. Aos líderes aliados, o presidente demonstrou “gratidão” pelo apoio ao governo e ressaltou que a reforma da Previdência não é dele, mas sim compartilhada, e necessária não apenas para o futuro, mas para o presente do país. “Ela, a reforma da Previdência, não é minha, não é pessoal, e a essa altura é do governo, mas compartilhada. Se, em um dado momento, a sociedade não quer, a mídia não quer e a combate, e naturalmente o Parlamento, que ecoa as vozes da sociedade, não quiser aprova-la, paciência. Eu continuarei a trabalhar por ela, porque sei da importância da reforma da Previdência. Não é apenas em função de uma coisa de futuro, mas de uma coisa para já”, afirmou Temer. Em uma crítica à imprensa, Temer afirmou, que mesmo se a reforma não seja aprovada, seu governo terá dado certo. “A reforma da Previdência é a continuação importante, fundamental para fecho das reformas que estamos fazendo. Continuarem empenhando nela, trabalharei muito por ela. Por mais que não se consiga fazer tudo, se permita que quem venha depois, mais adiante,  que possa fazer uma nova revisão da Previdência Social”. Para Temer, somente a reforma possibilitará ao país retomar os investimentos que vão impulsionar a geração de empregos. Sem uma reformulação previdenciária, disse Temer, haverá dificuldade na refotomada dos empregos e dificuldade nos investimentos governamentais, porque tudo estará direcionado para cobrir o déficit. “Muitos pretendem derrotá-la, porque, derrotando-a, derrotam o governo, mas não é verdade: derrotam o Brasil”, afirmou o presidente. Sem citar nomes, o presidente destacou que seu governo conseguiu derrotar, com a ajuda do Congresso, “aqueles que pretendiam colocar o Brasil em uma crise política” e “derrubar o presidente da República”. “Vocês se lembram que urdiram-se muitas tramas para derrubar o regime posto. Quero aqui mencionar as duas denúncias que foram desautorizadas pela Câmara dos Deputados, mas hoje, como está robustamente, enfaticamente, fortemente, relevantemente demonstrado, era uma articulação que tinha este objetivo, mudar o governo para um objetivo mesquinho, minúsculo, menor, que era impedir que o presidente pudesse nomear o sucessor daquele que ocupava a Procuradoria-Geral da República, acusou Temer. “E digo isso em voz forte, com letras garrafais”, enfatizou. As informações são da Agência Brasil

Ex-ministro Henrique Alves chora em depoimento e diz que Cunha orientou abertura de conta

Ex-ministro Henrique Eduardo Alves continua preso. Foto: G1

O ex-presidente da Câmara e ex-ministro Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN) chorou nesta segunda-feira (6) enquanto prestava depoimento por videoconferência ao juiz da 10ª Vara Federal de Brasília, Vallisney de Souza Oliveira. O peemedebista encontra-se preso desde junho e é réu no âmbito da Operação Sépsis, um desdobramento da Operação Lava Jato que investiga um suposto esquema de corrupção comandado pelo PMDB na Caixa Econômica Federal. Durante o depoimento, Alves contou informações sobre a existência de uma conta bancária aberta no banco Merrill Lycnh, em Nova York (EUA), em 2008. Segundo o ex-ministro, ele nunca movimentou essa conta e até se esqueceu de sua existência, confirmando ainda que ela servia para contornar a disputa familiar em torno da herança do pai dele. O peemedebista explicou que decidiu abrir a conta porque o casamento estava em crise e vivendo “altos e baixos”. Por questões familiares, o ex-ministro destacou problemas que estava ocorrendo entre ele e os irmãos em torno do inventário do pai, proprietário, por exemplo, de meios de comunicação. “Alguns irmãos até entraram com processo contra isso. E, por sugestão de Eduardo Cunha, no final de 2008, abri a conta”, afirmou, acrescentando que a conta serviria para “blindar esse clima familiar”.

“Não tenho medo de anunciar, eu sou candidato”, anuncia Rui Costa sobre eleição de 2018

Rui diz que não há insegurança sobre eleição. Foto: Manu Dias

O governador Rui Costa (PT) admitiu publicamente, nesta segunda-feira (6), o que era sabido no meio político: é candidato à reeleição para o segundo mandato de chefe do Executivo estadual. “Não tenho medo de anunciar, eu sou candidato”, disse o petista durante entrevista à Metrópole FM. Apesar da declaração, Rui Costa evitou falar sobre formação da chapa majoritária. “É muito prematuro falar de formação de chapa agora. Eu prefiro deixar esse debate para o ano que vem”, afirmou. Ao ser questionado se gostaria de ser candidato de Temer, o petista negou veementemente. “De jeito nenhum. Agora, tem gente que não assume essa amizade. Essa gente é que precisa se preocupar, porque onde anda na Bahia é vaiada”, disse. “Eu chegarei no ano que vem e mostrarei nosso trabalho. Eu não conheço ainda outro candidato a governador. Aliás, eu vi que foi lançado o do Psol, o mesmo que saiu da vez passada. Eu não vi ainda ninguém confirmando candidatura. Eu sou candidato. Não tenho medo, não tenho insegurança de anunciar que sou candidato. Eu sou candidato a governador e estou trabalhando, mas só vou conversar sobre eleição no ano que vem”, ressaltou.

Ministério Público investiga ACM Neto por denúncia de recebimento de caixa 2 da da Odebrecht

ACM Neto teria recebido R$ 1,8 milhão. Foto: Valter Pontes

O Ministério Público do Estado da Bahia instaurou uma investigação para apurar denúncia de que ACM Neto (DEM) recebeu caixa dois da Odebrecht em sua campanha para prefeito nas eleições de 2012. A informação é da coluna Expresso, da revista Época. De acordo com a denúncia, ACM Neto teria recebido R$ 1,8 milhão da empreiteira nas eleições de 2012. A acusação foi feita em delação premiada pelo executivo da Odebrecht André Vital de Melo. Em abril deste ano, foi divulgado um vídeo onde ele conta que entregou a quantia a Lucas Cardoso, que seria um emissário de Neto. ”Comuniquei a Lucas que o valor aprovado pela companhia tinha sido R$ 2,2 milhões e que parte desse valor seria pago via caixa dois. Eu me recordo que R$ 400 mil foram doados via bônus eleitoral pela construtora e o saldo de R$ 1,8 milhão foram operacionalizados pela equipe de Humberto Silva via caixa dois”, revelou Melo à Força-Tarefa da Operação Lava Jato. O delator disse ainda ter sido procurado pelo próprio ACM Neto quando ele anunciou que ia se lançar candidato à Prefeitura de Salvador. Diante da acusação, o prefeito negou a ilegalidade e disse que a doação da empreiteira foi feita de forma legal por meio do Democratas. Ainda assim, o ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), havia encaminhado uma petição sobre o caso à Justiça Federal na Bahia e à Procuradoria da República na Bahia.

Desejo da família Vieira Lima é de que o ex-ministro Geddel faça delação premiada, diz site

Geddel Vieira Lima pode fazer delação. Foto: Reprodução

O desejo da família Vieira Lima é de que o ex-ministro Geddel faça delação premiada. A informação do site Nem Amigo Nem Inimigo é desta segunda-feira (6) e vem após o peemedebista baiano, preso pela Polícia Federal depois que foram apreendidos R$ 51 milhões em um apartamento na Graça, ter procurado o Ministério Público Federal para tentar uma acordo de colaboração. Ainda de acordo com a publicação, ninguém entendeu, em Brasília, o pedido de Geddel para que o Supremo Tribunal Federal revele quem denunciou o paradeiro dos R$ 51 milhões. O gesto seria um indicativo de que o Vieira Lima está no caminho para uma delação premiada.

”Resultado foi justo”, Paulo César Carpegiani sobre triunfo do Bahia contra Ponte Preta

Técnico Carpegiani comemora triunfo. Foto: Globoesporte.com

O técnico do Bahia, Paulo César Carpegiani, afirmou em coletiva, neste domingo (5), que o triunfo do Tricolor contra a Ponte Preta, na Arena Fonte Nova, por 2 a 0, foi importante. “Resultado justo de um time que tentou criar e que enfrentou uma equipe bem plantada. Estou satisfeito pelo resultado. Em alguns momentos do segundo tempo, apertamos a marcação e compactamos bem. Isso me agradou. Hoje o importante era vencer. Não deixamos dúvidas que qualquer resultado que não fosse a nossa vitória não seria justo”, ressaltou. O Bahia ocupa a 10ª posição na classificação do Campeonato Brasileiro, com 42 pontos. O time enfrentará o Avaí na próxima quarta-feira (8), às 18h30 (horário de Salvador), no Estádio da Ressacada.

Cunha diz que MPF e Joesley Batista forjaram compra de silêncio para incriminar Temer

Cunha acusa o MPF e Joesley Batista. Foto: Agência Câmara

O deputado cassado Eduardo Cunha afirmou hoje (6) que o Ministério Público Federal (MPF) e o empresário Joesley Batista, um dos donos do grupo J&F, forjaram uma suposta compra de seu silêncio, para poder incriminar o presidente Michel Temer. “Não existe essa história de dizer que estou em silêncio porque estou recebendo para não delatar. Parte disso é forjado para imputar crime ao Michel [presidente Michel Temer] no atual mandato”, afirmou Cunha. “Deram uma forjada, e o seu Joesley foi cúmplice dessa forjada, e está pagando por isso agora.” A suposta compra do silêncio de Cunha embasou uma das denúncias do então procurador-geral da República, Rodrigo Janot, contra Temer, após Joesley ter gravado uma conversa em que o presidente aparentemente daria sua anuência a pagamentos para o ex-deputado. O ex-deputado, que se encontra preso preventivamente após ser condenado em primeira instância na Lava Jato, foi interrogado nesta segunda-feira (6) pelo juiz Vallisney de Souza Oliveira, da 10ª Vara Federal de Brasília, responsável pela Operação Sépsis, que apura casos de corrupção na vice-presidência de Fundos de Governo e Loterias da Caixa Econômica Federal. Cunha negou qualquer envolvimento com pagamentos de propina por empresas e disse desconhecer os supostos desvios na Caixa, classificando de “ridícula” a suposição de que receberia dinheiro para não delatar Temer no esquema. Como meio de demonstrar que não está recebendo por seu silêncio, Cunha disse viver atualmente em “situação de absoluta penúria”, não tendo condições de sequer pagar os honorários de seus advogados.

Temer classifica Enem como ”um dos avanços mais extraordinários da educação brasileira”

Ministro da Educação e Temer acompanham Enem. Foto: Alan Santos

O presidente Michel Temer (PMDB) classificou o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) como ”um dos avanços mais extraordinários da educação brasileira”. A declaração do peemedebista foi dada em visita realizada à sede do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), neste domingo (5), para verificar a operação do primeiro dia de provas. ”O Enem e é um dos avanços mais extraordinários da educação brasileira, porque tem uma capacidade de avaliação extraordinária. E evidentemente essa capacidade de avaliação só chega ao seu final em face desse trabalho conjugado que acabei de verificar aqui”, disse, durante visita ao instituto. Na ocasião, o presidente à equipe do Inep, ao ministro da Educação, Mendonça Filho, e à presidente do Inep, Maria Inês Fini. Mais cedo, o presidente desejou uma boa prova aos candidatos do Enem em uma mensagem compartilhada em sua conta no Twitter. 6,7 milhões de candidatos se inscreveram no exame este ano.