Jaguaquara: Vereadores denunciam prefeito de ter se beneficiado com obras paralisadas

Vereadores Pirôpo e Adailson
Vereadores Pirôpo e Adailson Mancha

Os vereadores petistas Nildo Pirôpo e Adailson Mancha protocolaram denúncia na Promotoria Regional em Jequié, MPF, de obras públicas inacabadas no município de Jaguaquara, levantando a suspeita de que uma das empresas responsáveis pelas execuções dessas obras de creches, teria colaborado através de doações não declaradas com a campanha do prefeito Giuliano Martinelli (PP), em 2012. A denúncia feita publicamente pelo vereador Nildo Pirôpo na sessão do dia (20) na Câmara Municipal de Jaguaquara, exigiu explicações do chefe do executivo. A suposta operação para o financiamento da campanha do atual prefeito foi questionada pelo edil que, se baseando em documentos apresentados na Tribuna da Casa, disse que a denúncia pode resultar na criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), caso os demais vereadores tenham ”interesse de apurar um esquema que aponta suposto caixa dois”. na campanha de Martinelli. Nesta quinta-feira (27), acompanhado de Adailson Mancha, após protocolar a denúncia no Ministério Público Federal, Pirôpo classificou a gestão do prefeito de irresponsável. ”Estamos fazendo a nossa parte, acionando o MPF para apurar o caso, porque o dinheiro público tem que ser gasto com transparência e a sociedade precisa saber do que de fato acontece nessa administração, que é tão irresponsável quanto a anterior, porque o atual gestor ao assumir a Prefeitura não procurou providencia em relação as denúncias das obras inacabadas, deixando transparecer que ele corrobora com a paralisação das obras, são creches que poderiam estar concluídas e servindo as nossas crianças, mas seguem esquecidas e não percebemos nenhum interesse do atual gestor em denunciar os escândalos”, disse o edil em contato com o Blog Marcos Frahm. A suspeita levantada pelos vereadores é de que houve caixa 2 na campanha de 2012. Ainda de acordo com Pirôpo, a prefeitura revelou, através de auditoria, que foi pago R$ 380 mil de forma indevida a Construtora Joap, responsável pela construção de obras de creches que estão paralisadas no município. ”Se esse pagamento foi feito de forma indevida, tem de haver um esclarecimento aí, pode ter mais coisas”. O prefeito ainda não se pronunciou sobre o assunto. No entanto, o espaço está aberto para quaisquer esclarecimentos.