Governador Rui Costa autoriza implantação do Centro de Referência em Doença Falciforme

Governador Rui Costa assinou a ordem de serviço. Foto: Manu Dias

Com o maior número de pacientes com doença falciforme no mundo, fora do continente africano, a Bahia irá ganhar um centro de referência de ponta para o tratamento dos portadores da patologia. Na manhã desta segunda-feira (28), o governador Rui Costa assinou ordem de serviço para obras de reforma do edifício Antônio Ferreira dos Santos, localizado na Avenida Centenário, no bairro do Garcia, em Salvador, onde será instalado o Centro de Referência em Doença Falciforme. O prazo estimado para a conclusão das obras da nova unidade é de dez meses. ”O Centro vai monitorar e atender essas pessoas com a atenção que merecem para a realização de tratamentos. Queremos, inclusive, investir num trabalho científico na área. Hoje anunciei que irei publicar edital do Fundo Estadual de Pesquisa, para que tenhamos na Bahia uma linha de pesquisa específica sobre a anemia falciforme. O objetivo é que o estado seja referência não só no tratamento mas também em pesquisas sobre o assunto”, declarou o governador. Com investimento de R$ 7,3 milhões, entre obras e equipamentos, o novo centro será equipado para realizar atendimento ambulatorial nas especialidades de hematologia, ortopedia, hepatologia, oftalmologia, nutrição, psicologia, odontologia, fisioterapia, serviço social, assistência farmacêutica, endocrinologia, cardiologia e enfermagem. A gestão da unidade será realizada pela Fundação de Hematologia e Hemoterapia do Estado da Bahia (Hemoba), que é referência no atendimento a pacientes com doença falciforme, acompanhando cerca de cinco mil pessoas na capital e no interior, além de ser responsável pela assistência transfusional e farmacêutica, incluindo a dispensação de medicamentos de alto custo, como Hidroxiureia e Deferasirox. A Doença Falciforme é uma das condições genéticas e hereditárias mais comuns no mundo e é mais prevalente na população negra, apesar de não ser exclusiva. Só na Bahia, estima-se que 30 mil pessoas possuam a condição, que provoca anemia crônica e episódios freqüentes de dor severa, decorrentes da má circulação sanguínea.