Servidores públicos municipais voltaram a protestar em Santa Inês. Funcionários contratados e efetivos de diversos setores da administração estão a cerca de dois meses sem receber os seus vencimentos, segundo informações, e há poucos dias para o fim da gestão, não há perspectiva de solução para o problema. Nesta quarta-feira (26), após passarem o Natal se dinheiro no bolso, os funcionários chamaram a atenção de quem passava pela Praça Araújo Pinho, centro da cidade, realizando um to de protesto em frente à Prefeitura de Santa Inês.
Eles tocaram fogo em pneus e exibiram faixas em frente ao prédio-sede do Executivo Municipal e, logo em seguida, se dirigiram até a Rua Goes Calmon, onde se aglomeraram pela segunda vez no mês em frente à casa do prefeito e deram prosseguimento à manifestação. Na porta da residência do alcaide, que não foi encontrado, os manifestantes também queimaram pneus, como forma de protesto e, com palavras de ordem, pediram o pagamento dos salários atrasados.
A grande maioria dos moradores do município afirma que o fim da gestão do prefeito Romildo Alcântara (PMDB) – que não conseguiu se reeleger, está sendo um desastre. Por conta da problemática, o Hospital Maria Leandra, o único da cidade, sofre críticas da população em decorrência falta de médico. A coleta de lixo se tornou inoperante, com entulhos espalhados pelas vias públicas e até o jardim da área central não é mais regado como antes. As manifestações realizadas em Santa Inês vêm ganhando destaque nas redes sociais e divergindo opiniões. Enquanto os funcionários reivindicam o pagamento de salários, outros moradores se mostram contrários à realização de manifestações públicas em frente à casa do gestor, que está chegando à casa dos 70 anos de idade e enfrenta um dos piores momentos da sua história política. Fontes próximas a Romildo revelam que o pmdbista tem pressa em sanar as dívidas, mas, no entanto, continua alegando que a Prefeitura sofre com o reflexo das sucessivas quedas dos repasses do Fundo de Participação dos Municípios e encontra dificuldades financeiras.
Nota original do Blog Marcos Frahm