O governador Jaques Wagner, anunciado ontem pela presidente Dilma Rousseff como ministro da Defesa, defendeu-se após ser criticado pelo candidato derrotado ao Senado da República, Geddel Vieira Lima (PMDB), de que a pasta a ser comandada por Wagner teria pouca visibilidade no âmbito do Governo Federal. Antes, cotado para Ministério das Comunicações, onde seria incorporada a Secretaria das Comunicações que detém toda a verba de publicidade do governo, Wagner não concorda com o rótulo de pasta pequena dado à Defesa. “Há uma espécie de senso comum, que é muito pobre, segundo o qual pelo meu poder político deveria ir para Comunicações. Isso é uma babaquice. Para quem diz isso, eu respondo: amigo, a última vez que fui para um cargo dito de segunda, foi para o Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, saindo para ser governador”, disparou, em entrevista ao A Tarde, logo após ter seu nome anunciado. “É uma pasta da maior relevância“, afirmou. Segundo o governador, é muito dinheiro investido em setores como Aeronáutica, satélites, Embraer, Base na Antártida, Amazônia e submarino nuclear. Conforme Wagner, foi ele próprio que sugeriu a Dilma sua ida para a pasta da Defesa. Ele vai participar da coordenação política do Palácio do Planalto que reúne os ministros mais próximos da presidente. “Creio que as pessoas desconhecem a dimensão que tem hoje o Exército, a Marinha e a Aeronáutica do ponto de vista de tecnologia, da diminuição de vulnerabilidade de segmentos sociais”, disse, explicando que, como vai participar do conselho de ministros mais próximos de Dilma, terá facilidade de encaminhar as demandas da Bahia ao Governo Federal.