Após o jornal Estadão publicar mensagens trocadas pelo ex-governador da Bahia e ministro da Casa Civil, Jaques Wagner, e Leo Pinheiro, da OAS, o petista criticou o vazamento das informações coletadas pela Operação Lava Jato, da Polícia Federal. O diário paulista mostrou que Wagner prometeu ajudar o ex-presidente da OAS na liberar recursos no Ministério dos Transportes. As conversas divulgadas ocorreram em 21 de outubro de 2014, cinco dias antes do segundo turno da eleição presidencial, quando Wagner ainda era governador da Bahia. Nas redes sociais, o ministro manifestou repúdio contra a ”tentativa de envolver” seu nome na Operação Lava-Jato e ”a prática de vazamento de informações preliminares e inconsistentes”. Segundo o ex-governador, as informações ”não contribuem para o andamento das investigações e confundem fatos com ilações”. Wagner afirmou que não responde ao processo da Lava-Jato no qual constam as mensagens. A ação tem Leo Pinheiro, que está preso, como um dos réus. Na mensagem publicada, o empreiteiro encaminha a Jaques Wagner texto recebido de um subordinado e pede que o então governador fale com o ministro dos Transportes (Paulo Sérgio Passos, à época), para a liberação de R$ 41,7 milhões, referente a um convênio assinado em 2013. ”Governador, se for possível, peço seu apoio, Abs”, escreveu o empreiteiro. O ministro respondeu prometendo a ajuda: “Ok, vou fazê-lo. Abs domingo vamos ganhar com certeza”. Após receber a resposta, Pinheiro envia mensagem a César Mata Pires Filho, executivo da OAS, afirmando que o governador vai ligar para o ministro dos Transportes. O recurso em questão era um convênio relacionado a construção da Via Expressa e teria sido assinado por Wagner em 2013. ”Estou à disposição do Ministério Público e demais órgãos competentes para quaisquer esclarecimentos”, disse Wagner no Twitter.