
O vice-presidente da Câmara, deputado Waldir Maranhão (PP-MA), decidiu nesta terça-feira (19) limitar a investigação no Conselho de Ética sobre o presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). O parlamentar determinou a nulidade das documentações solicitadas pelo colegiado à Procuradoria-Geral da República e ao Supremo Tribunal Federal (STF) e o uso desse material na instrução do processo. Com isso, o posicionamento de Maranhão limita o escopo das investigações e evita que as provas da Operação Lava Jato sejam usadas na ação – o que deve tornar ainda mais difícil a cassação de Cunha. O vice-presidente solicitou que o foco da apuração no colegiado fique somente sobre a suspeita de que Cunha teria contas bancárias secretas no exterior e de que teria mentido sobre a existência delas em depoimento à CPI da Petrobras. Cunha sempre negou ser o titular dessas contas, dizendo apenas ser beneficiário de fundos geridos por trustes. Em depoimento ao Conselho de Ética no início deste mês, o doleiro Leonardo Meirelles reforçou ao Conselho de Ética as denúncias de que Cunha foi beneficiário de US$ 5,1 milhões pagos por intermédio do doleiro Alberto Youssef, pivô do propinoduto que sangrou os cofres da Petrobras.