Quando o assunto é a atual administração municipal de Jequié, da qual legal e juridicamente faz parte, o vice-prefeito Sérgio da Gameleira (PT), não poupa críticas e, ao ser questionado sobre a nota que daria à atual gestão, não economiza um zero. Politicamente o petista está afastado do grupo governante desde agosto do ano passado. “Esperei apenas o desfecho da eleição estadual para não ser apontado como causa de qualquer tipo de embaraço local para a campanha em nível estadual envolvendo a coligação PT/PP, logo após conhecido o resultado das urnas, anunciei meu total distanciamento do grupo”, justifica. O vice-prefeito considera ter sido muito útil na campanha de 2012 quando percorreu toda a cidade pedindo votos para a chapa majoritária que faz parte ao lado da prefeita Tânia Britto (PP). ”Logo em seguida à posse observei que começava a ser desprezado, não era chamado para nenhum tipo de discussão, passei a não ter mais nenhum valor”, admite.
O prazo para os filiados a partidos políticos mudarem de sigla para se habilitarem a ser candidatos por outra agremiação, é 30 de setembro deste ano e, Sérgio da Gameleira mesmo afirmando sua fidelidade e identificação com o PT, admite que poderá buscar uma outra via para disputar a prefeitura, na condição de candidato de oposição. Sem fazer um ataque frontal aos três petistas que permanecem no primeiro escalão do governo – Marcelo Aguiar (Governo), Carlos André (Agricultura, Meio Ambiente e Irrigação) e João Magno (Educação), ele acha que independentemente dos cargos que ocupam, o trio deveria ouvir as opiniões das demais pessoas filiadas ao partido e, saírem do governo, “sinto o sentimento de reprovação da administração dentro do nosso partido”, comentou Sérgio, revelando que o único petista local com cargo eletivo que tem se mantido próximo dele nesse ponto de vista, é o vereador Pé Roxo, ”que discorda frontalmente dessa maneira como estão conduzindo o município de Jequié e tem afirmado isso publicamente”. Sérgio da Gameleira diz que algumas pessoas podem até criticar a sua atitude de romper com o governo de Jequié, um ano e oito meses depois de eleito, mas, no seu entendimento foi um gesto de coragem, ”participar da coligação com o PP, é o único arrependimento que tenho na minha vida. Não existe nenhum erro que se cometa que não nos seja dada a oportunidade de corrigir”, sentenciou. Com informações do Jequié Repórter