Vários municípios que não dispõem de aterro sanitário para a destinação de seus resíduos sólidos têm recebido do Ministério Público da Bahia (MP-BA) A recomendação no sentido de por fim aos lixões a céu aberto, sob pena de punição.
No Vale do Jiquiriçá, uma das cidades que ainda não conseguiu se livrar desse problema é Santa Inês, onde o lixo coletado é, todo ele, depositado em um lixão a céu aberto nas margens da BR 420, fato que provoca desconforto a quem transita pela rodovia e prejuízos ambientais a localidade.
A recomendação do MP é clara: as cidades deverão encerrar a atividade de lixões e reduzir o impacto ambiental causado pela disposição ilegal de resíduos sólidos em locais não qualificados como aterros sanitários pelos órgãos ambientais, tendo em vista que gera poluição do solo, subsolo, águas superficiais e subterrâneas, além da atmosfera, causando danos à flora e fauna locais.
Em Junho deste ano, o Ministério Público moveu ações civis públicas contra 12 municípios do Sul do Estado, para combater lixões. As ações, na ocasião, foram assinadas pelo promotor de Justiça Yuri Lopes e contra os municípios de Almadina, Arataca, Barro Preto, Buerarema, Itapé, Itapitanga, Itajuípe, Floresta Azul, Jussari, Mascote, Potiraguá e São José da Vitória.
Ainda solicitaram que os municípios interrompessem as atividades de modo definitivo em 30 dias, para que fosse realizada em um ano a destinação adequada dos resíduos coletados a serem depositados em aterro sanitário devidamente licenciado pelo órgão ambiental competente.
No caso de Santa Inês, o problema é antigo, vem de outras gestões, mas a preocupação da população da região, que utiliza a BR-420 e presencia diariamente o lixo sendo descartado a beira da pista é permanente.