A 28 dias da posse da prefeita eleita de Ubatã, município do sul baiano que já trocou de gestor 14 vezes nos últimos quatro anos, a população vive novamente uma incerteza política-administrativa, pelo menos até o próximo dia 31 de dezembro. De acordo com denúncia da ex-presidente da Câmara de Vereadores e atual prefeita, Rita de Cássia Mascarenhas, que assumiu o Executivo Municipal no início de novembro, o ex-prefeito, Edson Neves (PSD), apesar de ainda não ter dado entrada no recurso em alguma das três instâncias do Judiciário, propagaria na cidade, por meio de emissoras de rádios, inclusive uma de sua propriedade, que comandará a prefeitura, novamente, até o último dia do atual mandato. Conforme solicitação enviada ao Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA), a gestora afirma que Neves tenta “tumultuar a gestão administrativa” e “enganar a Justiça”. “Com o nítido propósito de induzir a Justiça ao erro ou a prolação de decisões equivocadas”, acusa. A alcaide afirma que a Justiça foi vítima de inúmeras “manobras” por parte do político, o que o manteve por mais tempo à frente da prefeitura. Ela cita como exemplo, uma “desistência de recurso” após uma suposta manobra proposta por ex-procuradores da Câmara que formalizaram a petição, sem autorização da chefe do Legislativo. O processo motivou o desembargador Clésio Rômulo Carrilho, no último dia 25 de outubro, a reconduzir Neves ao cargo. Seis dias depois, o magistrado anulou a decisão e colocou Rita de Cássia novamente no comando. Do Bahia Notícias