De acordo com o programa Globo Esporte, o técnico Vagner Mancini, do Vitória, realmente solicitou ao zagueiro Bruno que tomasse o segundo cartão amarelo e fosse expulso para que o Ba-Vi fosse encerrado mais cedo, como aconteceu aos 34 minutos do segundo tempo, domingo (18), no Barradão. O programa da TV Bahia convidou o especialista em leitura labial Ronaldo Freitas, da Associação de Pais e Amigos de Deficientes Auditivos do Estado da Bahia, e ele afirmou que a frase dita pelo treinador rubro-negro ao zagueiro Ramon é a seguinte: “Pede ao Bruno, pode tomar o segundo amarelo”. Segundo o profissional, a imagem é clara e não há dúvida do que foi dito. De acordo com o inciso 1º do artigo 55 do Regulamento de Competições Geral da CBF, “os atletas, técnicos, membros de comissão técnica, dirigentes e membros da equipe de arbitragem e todos aqueles que tentem influenciar no resultado das partidas serão sancionados com suspensão por partida ou proibição de exercer qualquer atividade relacionada ao futebol”. O inciso 2º acrescenta ainda que, “em caso do jogador ou dirigente influenciar efetivamente no resultado de uma partida será imposta multa ao seu clube, e, havendo gravidade, poderá o clube do jogador ou dirigente infrator ser sancionado com exclusão da competição, descenso, para categoria inferior, subtração de pontos e devolução de prêmios”. Procurada pelo Correio após a divulgação do vídeo, a assessoria de comunicação do Vitória informou que Mancini não vai comentar o assunto no momento. O técnico falou logo após o clássico, ainda no domingo, e negou que tenha partido dele essa orientação. Segundo Mancini, a decisão foi unicamente do zagueiro Bruno, que disputava seu primeiro Ba-Vi como profissional. “Quem tem prova disso [que o cartão foi forçado]? É uma acusação muito grave em cima de pessoas do bem, de caráter, profissionais que estão aqui. Quem tiver a prova, que apresente”, disse o treinador na entrevista coletiva. O caso será encaminhado para julgamento no Tribunal de Justiça Desportiva da Bahia (TJD-BA).