O ministro Supremo Tribunal Federal (STF) Marco Aurélio determinou a ampliação da quebra do sigilo fiscal do senador Aécio Neves (PSDB-MG), da irmã dele e de empresas investigadas no inquérito aberto em razão da delação premiada da J&F. De acordo com o magistrado, inicialmente havia sido ordenada a quebra do sigilo no período de 1º de janeiro de 2014 a 18 de maio de 2017. No entanto, como a Receita não entrega dados parciais, o ministro pediu os dados de todo o ano passado. A denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) aponta que Aécio pediu e recebeu propina de R$ 2 milhões de Joesley Batista, um dos donos da empresa JBS. A quantia teria sido solicitada pela irmã dele, Andreia Neves, com o objetivo de pagar um advogado do senador. De acordo com o órgão, o dinheiro era uma contrapartida por supostos favores prestados pelo parlamentar ao grupo J&F, controlador da JBS.