Há mais de nove meses sem chuva, o Sul da Bahia sofre as consequências da falta de abastecimento de água para a população. A cidade de Itabuna teve situação de emergência decretada pela prefeitura municipal desde dezembro de 2015 e, no início de junho, o decreto foi prorrogado por mais 180 dias, devido à gravidade da situação. Segundo a administração local, a estiagem paralisou a captação de água nos rios Salgado e Colônia, além do rio Almada que, devido à ausência de chuva, reduziu 97% da captação na Estação de Rio do Braço, uma das que distribui água para a cidade. De acordo com o decreto de renovação, publicado no dia 3 de junho, “os danos provocados pela maior estiagem da história da região vêm impactando diretamente a normalidade da distribuição e fornecimento de água potável para a população de diversos bairros, povoados e distritos” de Itabuna. O documento ainda destaca que a situação compromete a ”normalidade do funcionamento de diversos equipamentos e estabelecimentos públicos que prestam serviços essenciais de caráter ininterrupto como: hospitais, escolas, creches, clínicas e outros”. A estiagem também prejudica o funcionamento das indústrias e do comércio, das atividades agrícolas e pecuária na região, o que tem provocado desemprego e a diminuição da capacidade econômica do município. O documento publicado no Diário Oficial do Município autoriza a Coordenadoria Municipal de Defesa Civil (Comdec) a atuar nas ações que lidam com a escassez hídrica e na busca pela normalidade. Atualmente, a captação de água está sendo realizada nas estações da Empresa Baiana de Águas e Saneamento (Embasa), no distrito de Travessão e no município de São José da Vitória. O objetivo é conseguir 1 milhão de metros cúbicos a serem distribuídos para a população de Itabuna por meio de 140 reservatórios. Devido ao agravamento da seca na região Sul, a Prefeitura de Itabuna deve instalar mais 40 reservatórios de 10 mil litros cada, para o abastecimento de água potável e tratada, vinda do rio Iricó. Leia na íntegra