A gêmea siamesa que nasceu com uma malformação no coração apresenta quadro de hidrocefalia, constatado por uma médica do Hospital Ana Nery, em Salvador. A informação foi publicada no G1 nesta quarta-feira (19). Segundo Viviane Menezes dos Santos, Débora tem um sangramento na região da cabeça que evoluiu do nível 2, para o nível 3. Por conta disso, a cirurgia corretiva no coração, que seria feita quando ela se recuperasse da operação de separação, foi adiada. ”Foi feita uma tomografia da cabeça, para ver como ela estava. Por conta desse sangramento, aumentou o tamanho da cabeça dela, que evoluiu para uma hidrocefalia. A médica explicou que, por conta desse problema, ela precisa ser avaliada novamente”, explicou Viviane. O procedimento da cardiopatia ainda não tinha data marcada, mas só será ser feito depois da pequena passar por novos exames. A solicitação já foi feita e, com a chegada dos resultados, Débora precisará ser analisada por um neurocirurgião. ”Além da situação do coração, ela vai precisar passar pelo neurocirurgião para ver a situação do sangramento. Se ele decidir que vai precisar fazer cirurgia, vai intervir com cirurgia. A operação do coração de Débora vai precisar esperar um pouquinho. Não vai poder ser realizada agora, enquanto ela não passar por essa análise, para que não cause problemas maiores”, ponderou. Viviane disse, ainda, que a situação da bebê já foi passada para administração do hospital, e a menina já foi colocada na regulação. ”Estamos aguardando saber para onde ela vai. A partir daí, ela volta para o [hospital] Ana Nery, para ver a situação do coração”, disse. As bebês Catarina e Débora são gêmeas e nasceram no Hospital Materno Infantil (HMI), em Goiânia. Elas eram siamesas, unidas pelo tórax e abdômen. As meninas passaram por um procedimento cirúrgico que durou cerca de 4h30 e contou com a participação de 15 profissionais na mesma unidade médica. As irmãs nasceram com 37º semana de gestação e compartilhavam apenas o fígado. Juntas, as duas pesavam, no momento do nascimento, 4,785 quilos. Logo após o parto, elas foram encaminhadas para a UTI Neonatal. Nos dias 15 e 16, elas foram transferidas para duas unidades médicas de Salvador. Catarina, primeira a ser transferida para Salvador, passou por exames médicos nesta segunda-feira (17) e continua respirando com ajuda de oxigênio inalatório.