Nos últimos dez anos, a taxa de suicídio cresceu mais de 40% entre os brasileiros de 15 a 29 anos, o que aponta a necessidade de intensificar as medidas de proteção e orientação para os jovens e adolescentes. Nesse cenário, a Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab) distribuirá cinco mil cartilhas sobre o tema para orientar os profissionais de saúde da rede estadual. O documento também está disponível para em um link para download. A Sesab também promove, na próxima quarta-feira (26), às 14h30, uma webpalestra sobre os ‘Aspectos técnicos e éticos na abordagem de pessoas em risco de suicídio’. Os interessados podem assistir e interagir pelo do link do Telessaude, onde a psicóloga do Núcleo de Estudo de Prevenção do Suicídio, Soraya Carvalho, desconstrói mitos e alerta para os sinais e sintomas da formação da ideia suicida. De acordo com o secretário Fábio Vilas-Boas, o suicídio é um grave problema de saúde pública mundial, onde um milhão de pessoas morrem a cada ano. ”Entre os jovens, é a terceira causa de morte no mundo. Por isso, é um tema que não pode ser negligenciado”. Ele enfatizama o secretário, ao lembrar ainda que o Brasil ocupa a 8ª posição no ranking de países com maior incidência de suicídios, ultrapassando o número de 12 mil casos por ano. Na Bahia, dados preliminares apontam que entre 2010 e 2017 foram contabilizados 3.324 casos de suicídio, sendo que apenas neste ano são 114 registros. A ideia suicida é acompanhada de grande sofrimento e perspectiva pessimista. É comum a ocorrência de expressões depreciativas e sentimento de culpa, incapacidade e rejeição. Outros sinais e sintomas que podem estar presentes são: tristeza profunda, frustração, irritabilidade, choro frequente, apatia, dificuldade de interação, isolamento social, baixa autoestima, insônia e comportamentos agressivos dirigidos para si ou para outros. Estudos apontam que cerca das 40% pessoas que cometem suicídio buscam atendimento médico entre dois e sete dias antes e 50% tem história de tentativa anterior. Isso significa que, sobretudo, no caso de jovens e adolescentes, os pais, amigos, profissionais de saúde e professores desempenham papel fundamental na identificação dos sinais e sintomas para que o indivíduo seja encaminhado a um serviço especializado.