O juiz federal Sergio Moro negou, nesta segunda-feira (8), o pedido da defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para fazer uma gravação própria do interrogatório marcado para quarta-feira (10). Contudo, informou que será feito um registro adicional com um ângulo mais amplo da sala de audiência. ”Será mantida a forma de gravação atual dos depoimentos, focada a câmera no depoente, pois é o depoimento a prova a ser analisada, e fica vedada a gravação em áudio e vídeo autônoma pretendida pela Defesa de Luiz Inácio Lula da Silva”, disse Moro. No despacho, o magistrado afirmou que ”não há qualquer intenção de prejudicar o acusado ou sugerir a sua culpa com esse foco, tanto assim que o depoimento das testemunhas, que não sofrem qualquer acusação, é registrado da mesma forma”. Moro ainda relatou que o procedimento de gravar os depoimentos com o foco no depoente é adotado por toda a Justiça Federal da 4ª Região. ”Não assiste razão à Defesa de Luiz Inácio Lula da Silva em afirmar que a forma de gravação dos depoimentos em audiência resulte em prejuízo aos acusados”, completou.