O Carnaval da Bahia terminou oficialmente na manhã desta quarta-feira (13) sem qualquer registro de morte nos circuitos oficiais da festa. Diferente de 2017 quando foram registrados dois casos, este ano os sete dias oficiais de festa ocorreram sem qualquer homicídio ou tentativa, lesão corporal dolosa ou latrocínio, elencando este período momesco como um dos mais tranquilos dos últimos anos. Nos circuitos Dodô, Osmar e Batatinha foram registrados 99 casos de lesões corporais, o mesmo número do ano passado. Destes, apenas um caso, relacionado à violência contra a mulher, foi considerado grave. A vítima já teve alta médica. Embora se mantenha estável em 2018, o número de lesões corporais segue uma tendência de redução ano após ano. Comparando os índices de 2011 aos de 2018, este tipo de crime caiu em 55,4%, passando de 222 para 99. Os crimes contra o patrimônio (roubos e furtos) seguiram o mesmo ritmo de decréscimo. Em 2018 foram 764 ocorrências contabilizadas, contra 919 no ano passado, representando, queda de 16,9%. Em relação a 2011 (968 x 764), a redução alcança a marca de 16,9%. ”Ano a ano mostramos que planejamento, empenho e investimento fazem da polícia baiana a mais preparada, no Brasil, para atuar em eventos com multidões. Se tudo correu bem o mérito é de cada policial e bombeiro que tomando sol e chuva, andando quilômetros, fizeram o melhor para servir baianos e turistas”, enfatizou o secretário da Segurança Pública, Maurício Teles Barbosa. Os portais de abordagem tiveram, mais uma vez, um papel fundamental para a ausência de crimes contra a vida nos circuitos. Mais de 1,5 milhão de foliões foram revistados, nos 42 acessos, distribuídos nos principais acessos. Detectores de metal, body worns (câmeras acopladas nas fardas) e cães farejadores ampliaram a eficiência das abordagens, resultando em 494 objetos cortantes apreendidos, 233 foram consideradas armas brancas. Ao longo dos dias de festa foram conduzidas 2.164 pessoas, sendo 55 presas em flagrante. Quatro armas brancas foram apreendidas em abordagens dentro dos circuitos e geraram ocorrências policiais nas unidades judiciárias. Entre os flagrantes, quatro prisões foram de violência contra a mulher, crime que também gerou seis conduções aos postos da Polícia Civil, e mais de 3.000 abordagens pela Operação Ronda Maria da Penha nos dias de festa. Ainda no campo da produtividade, as forças de segurança retiraram das ruas porções de drogas (maconha, cocaína e crack), tubos de lança perfume, comprimidos de ecstasy, entre outros entorpecentes, além de conseguir reduzir em 60% os índices de roubo a ônibus na cidade, no período.