Após o governador do estado, Rui Costa (PT), declarar que as escolas devem se adequar à realidade do campo e alinhar horários ao período de colheitas, o secretário estadual de Educação, Jerônimo Rodrigues, negou que a intenção do chefe do executivo tenha sido incentivar o trabalho infantil. ”Pelo contrário”, defendeu, em entrevista ao BNews nesta terça-feira (3).
Segundo Jerônimo, Rui defendeu o já existente funcionamento das Escolas Família Agrícola (EFAs), a exemplo das redes Associação das Escolas das Comunidades e Famílias Agrícolas da Bahia (Aecofaba) e Rede das Escolas Famílias Agrícolas Integradas do Semiárido (Refaisa).
”Eles têm um sistema pedagógico de alternância, que os estudantes ficam 15 dias na escola e 15 dias volta pra ajudar as famílias na sua propriedade. Naturalmente que são jovens acima de 16 anos”, se explicou.
Na ocasião, o secretário ainda fez críticas a cobertura da imprensa. ”O que o governador quis dizer foi isso. Pena que com uma agenda tão grande, tão bonita, a imprensa ainda fica querendo pegar essas coisas. Se você chega numa região que tem colheita de cacau no mês de outubro, agosto, vamos respeitar, porque, se a escola não respeitar, aqueles jovens, estudantes, os pais levarão pra ajudar na roça, natural”, completou.