Como foi dito em seus pronunciamentos, o presidente Michel Temer parece decidido a não renunciar. De acordo com o colunista Lauro Jardim, em uma conversa com o presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB), Temer teria cravado que a única coisa que o tiraria do poder seria a morte. ”Fique tranquilo, não vou renunciar, não vou sair. Vou recorrer até o fim. Se quiserem que eu saia, têm que me matar”, teria dito o peemedebista. Contudo, após a delação de empresários da JBS, que revelou conversas com Temer nas quais indícios apontam que ele teria comprado o silêncio do ex-deputado Eduardo Cunha, que está preso, a possibilidade de um impedimento contra o peemedebista é uma realidade. Principalmente depois da prisão de seu ex-assessor, Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR), na manhã do último sábado (3). Ele foi flagrado pela PF recebendo uma mala com R$ 500 mil que, segundo delações da JBS, seriam dinheiro de propina. Loures é investigado por supostamente agir em nome de Temer na condição de ‘homem de confiança’ e interceder junto à diretoria do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) – órgão antitruste do governo federal – em benefício da JBS. De acordo com um posicionamento do ministro Moreira Franco feito no sábado, contudo, a prisão não teria ”abalado’ o governo.