A estratégia do uso preventivo de antirretrovirais para evitar a infecção por HIV está sendo estudada pelo Ministério da Saúde para ser adotada pelo Sistema Único de Saúde (SUS). O anúncio foi feito na última segunda-feira (18/7), durante uma apresentação da diretora do Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde, Adele Benzaken, na Conferência Internacional de Aids, em Durban, na África do Sul. O método, chamado de profilaxia pré-exposição (PrEP), consiste no uso diário da combinação dos antirretrovirais tenofovir e emtricitabina por grupos mais vulneráveis à exposição ao vírus. De acordo com nota divulgada pela assessoria de imprensa do Ministério da Saúde, o Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais prepara um protocolo clínico de PrEP que será encaminhado à Comissão de Incorporação de Tecnologia no SUS (Conitec) até o final de 2016. A expectativa, ainda segundo o ministério, é atender 10 mil pessoas no primeiro ano de incorporação. A estratégia, que deve ser ofertada em serviços especializados do SUS, será destinada a ”populações com alto risco de infecção pelo HIV”. A pasta, porém, não detalhou o perfil dos grupos que serão beneficiados. A profilaxia pré-exposição é recomendada desde 2014 pela Organização Mundial da Saúde (OMS), para pessoas em risco considerável de se infectarem com HIV. Sua eficácia foi comprovada por quatro estudos clínicos.