Fotos: Blog Marcos Frahm
Servidores públicos municipais de Santa Inês promoveram na manhã desta terça-feira (18) um ato de paralisação em frente ao prédio-sede da prefeitura, localizada na Praça Araújo Pinho, centro da cidade. Segundo informações colhidas no local pela reportagem, que foi acionada pelos manifestantes, o ato público busca pelo pagamento de salário atrasado. Diversos servidores efetivos e contratados afirmaram que ainda não receberam o salário de agosto. O dinheiro deveria ser depositado na conta do servidor no início deste mês, mas boa parte deles reclama que até agora nada caiu. O técnico de enfermagem Zenóbrio Freitas Oliveira, exibiu um extrato bancário zerado e disse que está havendo perseguição política contra funcionários que não apóiam o projeto de reeleição do prefeito Romildo Alcântara (PMDB).
A Prefeitura alega que o problema está sendo a queda do repasse do Fundo de Participação dos Municípios, mas os servidores destacam que, apenas os que se posicionam contrários politicamente ao projeto do alcaide, estão sem receber. Antes de seguir para a prefeitura, os manifestantes também fizeram protesto em frente ao Fórum Almir da Silva Castro, cobrando intervenção do Ministério Público local junto ao poder público municipal. A informação passada é de que o promotor de Justiça Franck Monteiro Ferrari já enviou ofício à prefeitura solicitando que efetive o pagamento do salário dos servidores públicos referente ao mês de agosto. Em resposta, a instituição teria revelado que até o prefeito estava sem receber o seu salário devido à dificuldade financeira enfrentada pela prefeitura.
A presidente da APLB Sindicato, Izabel Sales Coelho, também demonstrou seu descontentamento com o problema e disse que, além do mês de agosto, os professores da rede municipal ainda receberam parte do reajuste salarial de 22,22% retroativo a janeiro, fevereiro e março. Um das pessoas ligadas ao prefeito teria passado a informação de que a prefeitura de Santa Inês não tem costume de atrasar salários, mas a informação foi rechaçada pelos manifestantes. A reportagem ainda não conseguiu manter contato com o gestor municipal para falar sobre o assunto.