A Prefeitura de Santa Inês, no Vale do Jiquiriçá, parece não ter gostado nem um pouco da repercussão de imagens que mostram uma criança trajando calça jeans sendo impedida de ter acesso a Escola Municipal Prisco Viana, e que renderam piadas nas redes sociais, na última quinta-feira (6/7). Um vídeo que circula na web, mostra o pai de um estudante do ensino fundamental indagando a diretora da instituição pública de ensino, sobre a decisão de proibir as crianças de assistir aula trajando calça. O vídeo foi parar em um dos telejornais de maior audiência no Estado, o Bahia Meio Dia, da Rede Bahia, emissora afiliada a TV Globo, inclusive com críticas do apresentador, Ricardo Ishmael [relembre aqui]. O fardamento da escola inclui, além da camisa, uma bermuda, mas neste período de inverno, os pais alegam que, com a temperatura mais baixa, registrando mínima de 15 graus, as crianças sentem mais frio e por isso vestiram calça. Já o secretário de Educação do município, Marcos Paiva, se pronunciou através de um vídeo publicado na página da Prefeitura no Facebook, neste sábado (8). O secretário, que no vídeo aparece com fardas escolares expostas numa mesa, atribuiu a decisão a diretora da Escola, disse que ”a diretora cometeu deslize e que não foi orientada pela secretaria”. Marcos Paiva disse ainda que, ”mais importante que o fardamento é a aprendizagem” e admitiu haver falta de bom senso no episódio e que o pai da criança, que aparece nas imagens, procurou a secretaria e que de imediato as crianças tiveram acesso a escola. ”Fardamento é importante, inclusive nós estamos investindo muito nisso. As fardas hoje são bermudas, e short saias para as meninas, atendendo uma especificidade do clima da região”, afirmou o secretário, revelando que Santa Inês é uma cidade muito quente, mas reconheceu o período de temperaturas baixas decorrentes do inverno e que as crianças não irão necessitar da utilização de calças jeans, prometendo fardamento completo. ”Pois bem, amigos e amigas, de fato a equipe gestora cometeu um deslize, cometeu um equívoco, mas foi rapidamente corrigido. Naquele mesmo momento as crianças já estavam sendo autorizadas para entrar na escola. Aprendemos todos nós com isso, inclusive as equipes gestoras estão mais fortalecidas após esse episódio”, minimizou o secretário, que demonstrou descontentamento com a repercussão nas redes sociais ao dizer que foi procurado pela grande mídia, ”a mídia séria”, como foi classificada por ele, tendo o secretário repassado as informações.