Os professores da rede municipal de Salvador decidiram, durante reunião ampliada nesta quinta-feira (13), pelo estado de greve, pela continuidade das aulas remotas e pelo retorno das atividades presenciais somente após a imunização completa dos trabalhadores da educação – com aplicação das 1ª e 2ª doses da vacina. A informação é do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado da Bahia (APLB).
O impasse do retorno às aulas presenciais na capital baiana ocorre desde o final de abril, quando o prefeito Bruno Reis anunciou a retomada das atividades semipresenciais para o dia 3 de maio. As escolas das redes privada e pública abriram, mas registraram pouco adesão de retomada por parte dos estudantes.
De acordo com o sindicato, a reunião desta quinta-feira foi virtual e as decisões ocorreram com maioria dos votos, 92,8%. Os professores das escolas particulares de Salvador também decidiram não retornar às salas de aula até que toda a categoria esteja imunizada, mas a medida dessa categoria ocorreu após assembleia na última terça-feira (11).
Sobre a decisão desta quinta-feira da APLB, o o coordenador geral da entidade, Rui Oliveira, informou que a não retomada das atividades presenciais tem apoio não só de pais e mães de estudantes, mas de profissionais de educação de quase todos os 417 municípios baianos.
A APLB Sindicato informou ainda que entrou com uma representação no Ministério Público da Bahia (MP-BA) cobrando apuração sobre ameaças recebidas por pais e mães de cortes de benefícios sociais caso não leve as crianças às escolas.
Na ocasião, o sindicato também repudiou o ofício 27/2021, enviado pela Secretaria Municipal de Educação (SMED) às Gerências Regionais de Educação, na última terça-feira, ameaçando cortar 2/3 da carga horária semanal dos profissionais que não realizarem as atividades presenciais.
De acordo com a categoria, a decisão pela continuidade do estado de greve foi fortalecida diante dos indicadores da insegurança sanitária em Salvador.
”Estamos presenciando o atraso no esquema vacinal de milhares de pessoas. Não há nenhuma segurança sanitária na cidade, não há previsão de 2ª dose para os educadores, tampouco as unidades apresentam infraestrutura adequada para aulas presenciais”, disse.
Ainda na reunião desta quinta-feira, foi agendada nova reunião ampliada para a quinta-feira (20).
As informações são do site G1/Bahia.