Na mais acirrada das disputas eleitorais desde que o Brasil foi redemocratizado, Jaques Wagner, governador da Bahia, e Rui Costa, o governador eleito, se deram bem.
Dilma teve 3,3 milhões de votos de vantagem. Só na Bahia, 2,7 milhões, onde a votação dela cresceu no segundo turno (no primeiro turno Marina e Aécio tiveram 36% e agora apenas 30%, contra 70% de Dilma).
Pondere-se que em Pernambuco a vantagem de Dilma foi de quase 2 milhões de votos, outro desempenho expressivo, mas lá o crédito foi para Lula, filho da terra.
Nesse cenário, Jaques Wagner, nome certo do Ministério de Dilma, às vezes citado como presidenciável em 2018, se fortalece.
E Rui Costa ganhou a faca e o queijo na mão para fazer o governo que idealizou.
Sem dúvida, os petistas baianos saem das urnas de 2014 como figuras de proa entre os governistas. A Bahia espera a recíproca.
Em Brasília – Jaques Wagner foi a Brasília abraçar Dilma. Ele diz que a campanha de 2014 trouxe um recado da ruas:
– É preciso mudar e ter urgência nisso. Principalmente na reforma política.
Ele não aceita a tese de que a vitória de Dilma é nitidamente nordestina:
– Espera lá. Nós vencemos no Rio e em Minas, que é a terra do outro candidato.
Por Levi Vasconcelos