O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, negou com veemência que tenha feito um ”acordo” com o governo e com parlamentares para ser reconduzido ao cargo em troca de livrar alguns políticos de punição por envolvimento na Operação Lava Jato.Em tom de ironia, Janot disse que ainda que quisesse fazer um ”acordão” essa seria uma missão difícil. ”Ainda que eu quisesse fazer um acordo desse eu teria que combinar com os russos. São 20 colegas que trabalham nessa questão e mais um grupo de delegados muito preparados da Polícia Federal. Se eu quisesse fazer um acordão desses teria que combinar com os russos antes, para ver que isso é uma ilação impossível”, ironizou. O procurador chamou ainda a suspeita de existência de um acordo de um ”factoide”. ”Nego veementemente a possibilidade de qualquer acordo que possa interferir nas investigações.”O procurador-geral disse que sua cabeça é de alguém que atua no Ministério Público e que ”age, pensa e atua” como membro da instituição. ”Não deixaria os trilhos da atuação técnica do Ministério Público para me embrenhar num processo que eu não domino e não conheço que é o da política”, completou. Informações do Estadão Conteúdo