O ministro da Economia, Paulo Guedes, descartou, em entrevista à Folha, tentar reapresentar o sistema de capitalização, proposto pelo governo no texto original da reforma da Previdência.
”Esquece. Já foi. Cada país faz suas escolhas. O problema do nosso governo está resolvido. Que pena que o Brasil ainda não escolhe algo melhor”, disse. Segundo o ministro, a carteira de trabalho verde e amarela foi ”desenhada para fazer parte de um novo regime trabalhista, baseado em capitalização”.
”Rejeitaram, então não há o que fazer. Mas, com ele, você colocaria o Brasil para crescer, aumentaria taxa de poupança, educaria financeiramente famílias mais pobres. Um menino, desde cedo, sabe que ele é um ser de responsabilidade quando tem de poupar. Os ricos capitalizam seus recursos. Os pobres consomem tudo”, declarou.
Ao ser questionado se uma pessoa pobre conseguiria guardar dinheiro, Guedes afirmou que isso já ocorre por meio do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). ”Ele já guarda e não sabe. O FGTS é um dinheiro que tiram dele e fica depositado”, completou.