Um levantamento do Instituto Ipsos apontou que a rejeição a políticos e autoridades públicas brasileiras não tem sido apenas referentes ao governo e ao Congresso. De acordo com a pesquisa, entre julho e agosto, houve uma alta significativa de desaprovação a ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). O juiz Sérgio Moro, por exemplo, apresenta desgaste em sua imagem, que apesar de ser ainda majoritariamente bem visto pela população, apresenta taxa de rejeição mais alta no período dois anos. A taxa do juiz federal subiu nove pontos percentuais no último mês: 28% para 37% – o ponto mais alto da história do Ipsos, que teve início em agosto de 2015. O estudo avaliou a opinião dos cidadãos brasileiros em relação a 26 autoridades de diferentes esferas de poder. Para Danilo Cersosimo, um dos responsáveis pela pesquisa, o crescente descontentamento com o Judiciário se dá por causa da “percepção de que a Lava Jato não trará os resultados esperados pelos brasileiros”. Na lista de avaliados estão três dos 11 atuais integrantes do Supremo: a presidente Cármen Lúcia; o relator dos casos relacionados à Lava Jato, Edson Fachin; e o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Gilmar Mendes. Entre os nomes relacionados à Lava Jato estão Moro, o ministro Edson Fachin, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, e o procurador Deltan Dallagnol, coordenador da força-tarefa da operação em Curitiba. Todos eles sofrem desgastes em suas reputações. O pior índice de rejeição é o de Gilmar. No último mês, sua taxa de desaprovação subiu de 58% para 67%. Já o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, apresenta índice de reprovação de 52%. A ministra Cármen Lúcia teve aumento em sua taxa de desaprovação entre julho e agosto, de 36% para 47%.O ministro Fachin teve queda de aprovações, em um mês, de 45% para 38%, enquanto o descontentamento da população frente a ele subiu de 41% para 51%.