O presidente da Bolívia, Evo Morales, conseguiu a vitória com 61% dos votos nas eleições presidenciais na Bolívia, segundo a apuração oficial, entregue no sábado (18) pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral). Morales, que teve uma vantagem de 37 pontos sobre o segundo colocado, garantiu um novo mandato de cinco anos, entre 2015 e 2020. O candidato opositor centrista, o empresário Samuel Doria Medina, obteve 24% dos votos.
Presidente diz não planejar novas nacionalizações
Morales disse que não planeja realizar novas nacionalizações nos setores de hidrocarbonetos, de mineração ou bancário, e que está disposto a fortalecer as empresas privadas se necessário. Em entrevista à Reuters, Morales, um antigo líder cocaleiro com um discurso anti-imperialista, tentou minimizar os medos de alguns empresários de que a Bolívia iria reiniciar uma nova onda de estatizações. Durante quase uma década no poder, o mandatário estatizou empresas em setores importantes como hidrocarbonetos, telecomunicações e mineração como parte do seu modelo de “socialismo originário” que levou a economia a crescer em sólidas taxas e a tirar milhões de pessoas da linha da pobreza. “Se há presença estrangeira (no setor de mineração) são sócios que prestam serviços. Se são sócios, não são donos, não há nada a ser nacionalizado”, garantiu Morales, destacando que o setor de mineração privado é o que leva mais dinheiro ao tesouro. “Nos bancos, nunca pensamos em estatizar. Temos negociado com bancos privados“, acrescentou. Com informações do Associated Press