Dificuldades para pagar a folha de pessoal, investir em infraestrutura e arcar com compromissos assumidos sem extrapolar os limites impostos pela lei. Esses foram alguns dos problemas relatados por prefeitos e presidentes de consórcios intermunicipais durante uma reunião ampliada realizada nesta semana na sede da União dos Municípios da Bahia (UPB). Entre os alertas expostos pelos gestores está a possibilidade de encerrar os mandatos em 2016 com obras federais inacabadas nos municípios devido à falta de repasse de recursos já empenhados. Durante o encontro, a UPB apresentou dados da Confederação Nacional de Municípios que apontam na Bahia a soma de R$ 2,9 bilhões em despesas prometidas e não pagas pela União na virada de 2014 para 2015. Com o intuito de antecipar medidas que resguardem os prefeitos de responder pelos atrasos e a não conclusão dessas obras, a entidade convocou representante de órgãos de controle para esclarecer quais medidas devem ser tomadas. ”A gente está tendo um ano de dificuldades financeiras que agravaram não só o custeio, mas até o pagamento das contrapartidas das obras. Assim, nós não poderíamos nos calar e deixar de demonstrar insatisfação com esse momento difícil, já que ano que vem muitos sairão do governo ou terão sua reeleição prejudicada”, disse a presidente da UPB e prefeita de Cardeal da Silva, Maria Quitéria (PSB). Segundo ela, os municípios e as prefeituras hoje estão em ”situação de falência sem ter condições de pagar folha e com fornecedores em atraso”. Nesse sentido, Maria Quitéria explicou que a reunião com os órgãos de controle serviu para resguardar os gestores de modo que eles não deixem os mandatos com suas contas prejudicadas pela falta de repasse do governo federal.