Jean-Luc Mélenchon, 72, líder do partido A França Insubmissa (LFI), maior integrante da Nova Frente Popular (NFP), é uma figura constante na política de esquerda francesa há décadas e ocupou cargos ministeriais em governos passados, quando era membro do Partido Socialista.
Nascido em Tânger, no Marrocos, e formado em filosofia, o político da esquerda radical ficou em terceiro lugar no primeiro turno da eleição presidencial francesa de 2022, quando Emmanuel Macron venceu.
Porém sua imagem pública foi prejudicada por críticas de antissemitismo por sua posição pró-Palestina em relação ao conflito em Gaza. Ele nega as acusações.
O ex-senador do Partido Socialista, ex-ministro do governo Lionel Jospin (1997-2002) e ex-trotskista é conhecido por ser um orador capaz de discursos inflamados.
Isso entusiasma alguns eleitores enquanto horroriza outros com suas propostas de aumento de impostos e gastos, retórica de guerra de classes e posições controversas em política externa.
A coalizão de esquerda NFP é composta pelo Partido Comunista, pela França Insubmissa, pelo Partido Verde e pelo Partido Socialista. Além de Mélenchon, veja quem são os outros membros do bloco.
MARINE TONDELIER, LÍDER DOS VERDES
Marine Tondelier, 37, cresceu em Henin-Beaumont, uma cidade no norte da França conhecida como bastião da extrema direita Reunião Nacional (RN) e da sua líder Marine Le Pen. Tondelier tem um longo histórico de oposição à RN.
Ela foi eleita como membro da oposição no conselho municipal da cidade em 2014. Tondelier documentou suas experiências trabalhando sob um prefeito da RN e o que descreveu como a atmosfera opressiva gerada pela administração de ultradireita em um livro de 2017 intitulado ”Notícias do Front”.
Tondelier também foi eleita para um conselho regional do norte em 2021 e se tornou líder do partido ecologista mais conhecido da França, os Verdes, no ano seguinte.
RAPHAEL GLUCKSMANN, PARTIDO SOCIALISTA
Raphael Glucksmann, 44, liderou a lista de candidatos do Partido Socialista nas eleições europeias no início de junho. Obteve quase 14% dos votos, logo atrás do grupo de Macron, Juntos. Isso foi considerado um sinal de renascimento para um partido que governou a França em décadas passadas, mas que recentemente havia caído no esquecimento eleitoral.
Glucksmann frequentou escolas prestigiosas e teve uma carreira no jornalismo e na radiodifusão antes de se aventurar em várias direções, incluindo ser conselheiro do então presidente da Geórgia, Mikheil Saakashvili.
Ele defende um forte apoio europeu à Ucrânia em sua resistência contra a invasão da Rússia.
LAURENT BERGER, EX-LÍDER DO SINDICATO CFDT
Laurent Berger, 55, é ex-presidente de um dos principais sindicatos da França, a Confederação Francesa Democrática do Trabalho (CFDT), de vertente moderada. Ele tem um histórico de forte oposição à Reunião Nacional no país.
Berger disse que não quer ser primeiro-ministro, mas outros da esquerda têm sugerido seu nome, dizendo que ele poderia ser uma figura unificadora e uma alternativa popular a Mélenchon.
*por Folhapress