Os professores da Universidades Estadual do Sudoeste da Bahia (Uesb) paralisaram as atividades desde terça-feira (23), após decisão realizada em assembleia que ocorreu na última sexta-feira (19). As aulas estão suspensas até sexta-feira (26), quando a categoria volta trabalhar. De acordo com Cristiano Ferraz, secretário geral da Associação dos Docentes da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (Adusb), a paralisação foi decidida para que a categoria pudesse participar do movimento ”Ocupa Brasília”, realizado nesta quarta (24), em Brasília, em protesto contra as reformas previdenciária e trabalhista. Segundo Ferraz, uma outra paralisação, também decidida na assembleia da última sexta, foi marcada para 30 de maio. Dessa, o objetivo da categoria é pressionar o governo com relação às reivindicações específicas dos professores estaduais. A categoria diz que está há dois anos sem receber reajuste linear, o que totalizaria perdas salariais de mais de 20%. Além disso, segundo Ferraz, mais de mil professores das universidades estaduais baianas estão em condições de serem promovidos, mas o governo não concede as promoções. Os professores reivindicam também que 7% da receita líquida dos impostos sejam destinados para as quatro universidades estaduais baianas. Ainda segundo Cristaino Ferraz, em uma reunião entre a categoria e o governo, realizada em 18 de abril deste ano, o governo negou todas as reivindicações e não apresentou nenhuma proposta. Através de nota, o Governo do Estado informou que está em diálogo permanente com o movimento docente, por meio das secretarias da Administração e da Educação. A administração estadual ainda informou que ”progressões, promoções e, também, reajustes salariais não podem ser concedidos, neste momento, em função de o Estado ter extrapolado o limite prudencial estabelecido pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). Portanto, há um impedimento legal”. Com relação à reivindicação de que 7% da receita líquida dos impostos seja passada ás universidades estaduais, o Governo disse que está impossibilitado de aumentar o repasse orçamentário para as universidades, devido à diminuição da arrecadação pelo Estado. A nota ainda diz que processos de adicional de insalubridade estão sendo analisados conforme as informações fornecidas pelas universidades.